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24/11/2024

PROGRAMA MAIS CALCÁRIO

Mais de 4,3 mil hectares da agricultura familiar já foram recuperados em Rondônia com a doação de calcário aos municípios

28 de agosto de 2017 | Governo do Estado de Rondônia

O Programa Mais Calcário já distribuiu em parceria com as prefeituras municipais mais de 10 mil toneladas de calcário, recuperando mais de 4.328 hectares  de propriedades da agricultura familiar. O solo saudável é a base para a produção de alimentos. Entendendo a necessidade de recuperar para garantir a qualidade e o aumento de produtividade, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), lançou em 2015 o Cartão Mais Calcário, que garante a cada município mil toneladas de calcário.

“Seja qual for a atividade, pecuária, agricultura, hortifrutigranjeiro ou a piscicultura, pode ser utilizado o calcário. Hoje não precisamos de grandes áreas para ter renda, mas, sim, incorporação tecnologias e correção”, explica o secretário de Estado da Agricultura, Evandro Padovani.

Para o gerente do escritório local da Emater-RO de Nova União, Elói Murbach de Oliveira, mais de 400 produtores da agricultura familiar que têm como atividade principal a produção de  café, leite e piscicultura serão beneficiados no município. “A agricultura familiar é a base econômica do município. O objetivo é atender todas as atividades da agropecuária familiar no município. Só na Emater temos mais de mil produtores cadastrados”, explica Murbach.

O produtor beneficiado André Luiz Vicente é um exemplo de que, com a adoção de tecnologia e boas praticas, é possível ganhar produtividade, qualidade e renda em uma pequena área. Em um alqueire, área no tamanho aproximado de dois campos de futebol, cultiva uma lavoura de cacau, que lhe rendeu o titulo principal no 1º Concurso de Qualidade da Amêndoa do Cacau de Rondônia durante a 6ª Rondônia Rural Show. “Aqui em Nova União, o preço está a R$ 6 o quilo, após o concurso já consegui até R$ 15. Quero melhorar a minha produtividade, no ano passado consegui colher 700 quilos por hectare, este ano com o calcário, a adubação agroecológica e o manejo, quero atingir os mil quilos por hectare, totalizando 2.500 quilos em um alqueire”, planeja André.

O calcário distribuído pelo Governo do Estado por meio da Seagri tem beneficiado vários produtores  no estado. Outro exemplo de produtor que busca aumentar a produtividade da sua atividade é Wilson Medeiros Araújo, da linha dois, quilômetro 7,5, no município de Cerejeiras, hoje tirando em torno de 100 litros de leite por dia. “Minha área nunca foi calcariada, tenho um projeto para melhorar a nossa atividade, pois iremos implementar um sistema rotacionado e o calcário será base para iniciar este projeto.  A área já tem quarenta anos de uso, mas nunca jogamos nada, agora chegou a hora”, destaca o produtor.

CALAGEM

Segundos artigo técnico dos pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Antonio Dias Santiago e Raffaella Rossetto, os principais objetivos da calagem são: eliminar a acidez do solo e fornecer suprimento de cálcio e magnésio para as plantas. O cálcio estimula o crescimento das raízes e, portanto, com a calagem ocorre o aumento do sistema radicular e uma maior exploração da água e dos nutrientes do solo, auxiliando a planta na tolerância à seca.

A calagem ainda tem outros benefícios, como: aumentar a disponibilidade de fósforo, já que diminui os sítios de fixação no solo; diminuir a disponibilidade de alumínio e manganês através da formação de hidróxidos, que não são absorvidos; aumentar a mineralização da matéria orgânica com conseqüente maior disponibilidade de nutrientes e favorecer a fixação biológica de nitrogênio. Nas propriedades físicas do solo, a calagem aumenta a agregação, pois o cálcio é um cátion floculante e, com isso, diminui a compactação.

A calagem em excesso ou mal aplicada pode ter efeito negativo na disponibilidade de micronutrientes. Por todos os efeitos, a calagem é a prática mais econômica que garante aumentos na produtividade e longevidade da cultura. Para que haja boa incorporação e homogeneização com o solo, a calagem deve ser feita no preparo do solo com pelo menos 90 dias antes do plantio. É aconselhável repetir esse processo a cada dois ou três anos.

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Fonte
Texto: Dhiony Costa e Silva
Fotos: Dhiony Costa e Silva
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Economia, Governo, Meio Ambiente, Rondônia, Tecnologia


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