Entidades assistenciais recebem feijão para ser doado a famílias carentes de Porto Velho

Secretária explica que é possível melhorar a alimentação das pessoas vulneráveis

Uma reunião de agradecimento. Foi como qualificou a dirigente o Centro de Referência de Assistência Social – CRASS Zona Sul, Maria do Carmo, ao receber a secretária-adjunta da Agricultura, Mary Braganhol, e o secretário municipal de Assistência Social e da Família, Claudinaldo Leão da Rocha, na manhã de terça-feira, 4, junto a representantes de entidades assistenciais que estão recebendo onze toneladas e meia de feijão. O produto será repassado em doação a escolas, creches, casas de apoio e famílias em vulnerabilidade social.

Segundo Maria do Carmo, são cerca de 200 idosos atendidos pela entidade, trabalho que ela disse ter muita satisfação em poder participar. De acordo com o secretário da Semasf, o CRASS Zona Sul tem um envolvimento muito grande com as entidades e atende quase toda a região sul da capital. “Sempre tivemos o apoio de Dona Cotinha e temos a certeza da destinação desses alimentos. Sabemos que eles chegam à mesa dos mais pobres”, reforçou o secretário. Ele também falou da importância do envolvimento de cada pessoa para fazer funcionar um programa ou instituição de cunho social.

Ao fazer um histórico sobre o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) em Rondônia, Mary Braganhol disse que é possível uma ação integrada para se levantar a demanda de produção de alimentos noutros municípios, como leite, peixes, polpas de frutas, como forma de se aumentar a oferta de alimentos a serem repassados às populações carentes. “Precisamos fazer um esforço conjunto e conseguir um caminhão para trazer esses produtos e disponibilizá-los a essas famílias”, disse, melhorando a oferta de produtos comprados e distribuídos.

Ela disse que seu trabalho segue a determinação do governador Confúcio Moura desde 2007 quando foi possível fundar um Banco de Alimentos em Ariquemes, quando ele era prefeito. De lá, até agora, fomos aperfeiçoando e já trabalhamos com o PAA desde 2011”, disse, ao explicar a aquisição de 25 toneladas de feijão recentemente de agricultores familiares em Alto Alegre dos Parecis. Esse feijão será repassado para vários municípios e será acrescentado aos demais produtos que são adquiridos da agricultura familiar para doação a famílias carentes. Há uma diversidade de produtos entre mandioca, farinha, peixes, hortaliças, entre outros, explicando ainda que o programa saltou de R$4 milhões para R$51 milhões atuais, com investimentos do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA), em parceria com o Governo Estadual, que executa o programa através da Seagri, em parceria com a Emater e prefeituras dos municípios que aderiram.

De acordo com a secretária, o programa auxilia ao agricultor familiar, porque busca a diversificação das culturas e o aumento da renda familiar, beneficiando as entidades que lutam com muita dificuldade para atender as populações que sofrem por falta de alimentos, principalmente crianças, idosos e pessoas doentes, conforme exemplificou, disponibilizando produtos como leite, feijão, queijo, entre outros, que possuem características nutricionais suficientes para fortalecer pessoas que se encontram debilitadas.

Representantes das entidades beneficiárias com a doação de feijão

Mary Braganhol também lembrou a importância da participação dos Conselhos no acompanhamento e fiscalização da execução do programa. “É o respaldo da sociedade que dá a eficiência necessária que a ação precisa”, citou, ao lembrar que a execução do PAA foi elogiada pelos técnicos da área na última vistoria feita a Rondônia, mas reforçou que o programa ainda tem muito a crescer.

Entre os dirigentes de entidades presentes, Maria de Nazaré da Silva de Farias, da Casa de Apoio ao Câncer Rosa Gambelli, que está à frente da entidade durante 16 anos, disse que “Graças a Deus existe esse programa” para auxiliar as pessoas que estão doentes. “É uma mão na roda para nosso trabalho”, reforçou.

O presidente da Associação de Moradores do Jardim Santana, Romeu Oliveira, que esteve acompanhado do representante do Conselho de Alimentação Escolar (Caero), e do diretor da Escola Osvaldo Piana, Antonio Saldanha Marques, elogiou a dedicação de todos que se empenham para a melhoria do programa fazendo a alimentação chegar até quem precisa.

TROUXE A COMUNIDADE

Ruth Maria Pereira dos Santos, presidente da Associação dos Deficientes Físicos (Asdef), que atende a 134 pessoas portadoras de deficiência, disse que o programa de doação de alimentos fez com que as famílias das pessoas atendidas no local se aproximassem da associação. “Assim, além deles, hoje atendemos a mais 130 famílias”, declara.

Como ela, Luzima Vieira da Silva, da entidade Apacene, relata que com a ampliação da doação de alimentos, pode atender a 413 pessoas, com a distribuição de cestas mensais, sendo que antes atendiam somente às 157 pessoas inscritas na Apacene.

Célia Rique da Silva, da Casa de Apoio Marina do Pillar, a Celinha, agradece a Deus e ao PAA. ‘É um trabalho difícil com pessoas que nem sempre podem agradecer”, diz. “Trabalhamos com idosos e o alimento faz uma grande diferença. É um programa maravilhoso e só podemos pedir para que continue, porque essa dedicação só pode ser feita por quem tem muito amor para dar ao próximo. Lidamos com pessoas debilitadas, sem condições e com nível baixo de saúde.  Por isso só temos a agradecer, principalmente à sensibilidade do governador Confúcio”, concluiu.

Também estiveram presentes a presidente da Apatox, Francisca Magalhães; o Pastor Messias, da Igreja Batista Bíblica, a técnica da Emater, Tânia Regina, que representou o presidente da entidade, Francisco Mende de Sá Barreto. Mary Braganhol agradeceu ao empenho de toda a equipe do PAA, onde se envolvem os técnicos da Seagri, da Emater  e demais parceiros para dar a celeridade que o programa precisa.

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