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23/12/2024

FINANÇAS ESTADUAIS

Situação econômica confortável não elimina “dever de casa” em Rondônia

19 de fevereiro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Palácio Rio Madeira, sede do governo de Rondônia

Palácio Rio Madeira, sede do governo de Rondônia

Mesmo situando-se entre os dez estados com superávit financeiro em 2014, o Estado de Rondônia deve fazer o dever de casa para enfrentar possíveis cortes nas ofertas de créditos federais, que tendem a minguar em 2015.

“Gastar não é mais o verbo ideal, porque medidas restritivas se impõem rapidamente. Teremos dois a três anos de inevitáveis dificuldades”, comentou hoje (19) o economista Otacílio Moreira de Carvalho, professor do Departamento Acadêmico de Economia da Universidade Federal de Rondônia (Unir).

Dezessete governadores apresentaram balanços financeiros “no vermelho” e as receitas estaduais foram insuficientes para cobrir despesas com pessoal, custeio administrativo, programas sociais e investimentos. Os maiores prejudicados com iminentes cortes de repasses financeiros federais decorrentes da crise econômica seriam os municípios, incluindo-se a Capital.

Projeções do Ministério da Fazenda indicam a necessidade de estados e municípios alcançarem superávit de R$ 11 bilhões em 2014, o equivalente a 17% da meta de economia de R$ 66 bilhões, estabelecida para o setor público.

Carvalho recomenda a Confúcio Moura aproveitar o superávit para amortizar débitos anteriores. “Com folga e cautela, o futuro está garantido. O governo deve evitar gastos supérfluos, porque acumula antigos débitos da Companhia de Armazéns Gerais do Estados (Cagero), Loteria do Estado (Lotoro) e Banco do Estado de Rondônia (Beron)”, disse.

“Apesar de estar em melhor situação do que grande parte do País, o governo de Rondônia demonstra preocupação fundamental: manter equilibradas as contas públicas” – Raniery Araújo Coelho, presidente da Fecomércio

Para o economista, o controle de gastos no percentual de 20% já decretado pelo governador deve ser rigidamente obedecido, mantendo-se a expansão econômica.

“Rondônia encontra-se em melhor situação do que grande parte do País, e mantém equilibradas as contas públicas”, analisou o presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia (Fecomércio), Raniery Araújo Coelho. “Pagar em dia os servidores já é uma preocupação com o futuro”, opinou.

Favorável aos ajustes de controle e à austeridade, Coelho ponderou: “Rondônia faz o seu dever de casa, embora dependa da situação nacional e do que pode acontecer com as políticas públicas. E por mais que faça sua parte, não iremos melhorar se o País não crescer”.

O economista e assessor da Fecomércio, Sílvio Persivo, menciona a situação do crédito e do Produto Interno Bruto brasileiro: “Sob FHC tivemos créditos totalizando 24% do PIB; com Lula, 48%, advindo a sensação de compras a longo prazo; na média anual, hoje, 54% do PIB são formados por créditos, e na realidade eles são pequenos, se comparados com a situação da Argentina, que lhes destina 80% do PIB. Naquele País existe menor concentração de renda”.

Em janeiro deste ano, o superintendente do Banco do Brasil Raimundo Perez Ferraz Júnior garantia: “A parceria de investimentos será mantida”. Segundo ele, o BB liberou R$ 981 milhões em crédito direto ao consumidor e também reservou dinheiro para obras de saneamento, crédito para micro e pequenas empresas, educação e habitação. O setor de agronegócios superou R$ 2,1 bilhões, com benefícios para cerca de 25 mil famílias. Destacou-se nesse aspecto o evento Rondônia Rural Show, ao qual o BB ofereceu R$ 273,7 milhões. A Agricultura Familiar foi contemplada com R$ 1,6 bilhão.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Assistência Social, Distritos, Economia, Educação, Governo, Habitação, Inclusão Social, Indústria, Infraestrutura, Justiça, Legislação, Meio Ambiente, Obras, Piscicultura, Previdência, Rondônia, Saneamento, Saúde, Segurança, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Tecnologia, Terceiro Setor, Transporte, Turismo


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