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28/11/2024

LYDIA JOHNSON

Treinados, servidores educacionais recebem 120 alunos no Programa Escola do Novo Tempo

27 de fevereiro de 2020 | Governo do Estado de Rondônia

Kryciha Araújo, da Escola Brasília, entre os fios de barbante que uniram professores e demais servidores da Escola Lydia Johnson

 

 

Trinta professores e servidores participaram hoje (27) na Escola Estadual de Ensino Médio Lydia Johnson de Macedo, do início do ano letivo do Programa Escola Novo Tempo.

As dinâmicas desta quinta-feira começaram às 8h30, prolongando-se até às 11h, com lanche e momentos de descontração. Para o período da tarde está previsto o acolhimento aos estudantes. Ao todo, 120 alunos estão matriculados.

O treinamento durou três dias. A escola em tempo integral funciona de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 17h, servindo lanche às 9h10, almoço ao meio-dia, e outro lanche às 15h e às 17h, os alunos saem.

Atualmente, o programa contempla as Escolas Brasília, Quatro de Janeiro (200 matriculados) e, agora, a Lydia Johnson, tutorada pela escola Brasília. Apenas a Lydia tem ônibus, cujo motorista sairá a partir das 6h para buscar os estudantes nos pontos próximos às suas casas, em diversos bairros, devolvendo-os às 17h.

Vestidos com a camiseta azul do movimento Jovem Protagonista na Escola Brasília, 11 estudantes liderados por Maísa Estéfani motivaram a dinâmica  do acolhimento. Ela e a maioria do grupo concluíram o Ensino Médio em 2019.

O movimento nasceu na Escola da Escolha, no Recife, de onde o modelo foi trazido para Rondônia, pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

Professora e merendeira passam pelo corredor, sob aplausos

SE CONHECENDO

Professores e servidores passam por um corredor e são aplaudidos com palmas e assovios. Segue-se um sonoro “bom dia”, acompanhado de sorrisos.

“Eu sou Maria do Rosário, professora de História”, diz a professora.

E a merendeira Maria Hilti Pereira de Souza conta à Secom que trabalha no setor há um ano e dois meses.

Outros seguem se apresentando. Entre os mais antigos do quadro, a professora de língua portuguesa, Isabel Leites, conta ter trabalhado 42 anos até então, iniciando pelo seu estado, o Rio Grande do Sul, passando por Mato Grosso do Sul, e depois Rondônia.

De mãos dadas, eles se interligam com barbante. Estudantes falam de seus projetos de vida. Carlos Nobre, 17, diz que pretende se formar em Educação Física.

 

“Duas vezes por semana, eles terão aula a respeito de projetos de vida”, informa a técnica pedagógica da Coordenadoria Regional de Educação em Porto Velho, Lucineide Rodrigues Monteiro.

 

De maneira bem simples e objetiva, construir um Projeto de Vida consiste em documentar sonhos, metas, desejos e ambições do jovem em relação ao seu futuro. É também onde eles escrevem tudo aquilo que precisam fazer para alcançar seus objetivos, apoiados por professores pontuais e compreensivos.

Os fios esticados se cruzam à frente de cada um, todos se identificam e falam de seus projetos e propósitos enquanto estiverem nesse caminho.

Uma das atividades desenvolvidas, batizada de “O problema não é meu” mexeu com o sentimento de cada um. Consiste no jeito reprovável de a pessoa se livrar de problemas, quando entende que eles não lhe pertencem e devem ser resolvidos por outros.

Conclui-se, então, que se todos trabalharem em união irão superar qualquer problema na escola.

Tanto na palavra dirigida aos professores e demais servidores, quando na conversa com os repórteres, Kryciha Araújo de Freitas, 20, do terceiro ano da Escola Brasília, demonstra o sentimento de amor ao projeto.

Na dinâmica, servidores escolares definem propósitos para a Escola do Novo Tempo

Ela conta que teve vontade de ser marinheira, adorava assistir desfiles com a presença da Marinha do Brasil, depois mudou de projeto por causa da dedicação às pessoas.

“Passou do período para me engajar, agora vou estudar psicologia”.

A mãe de Kryciha trabalha e só retorna à sua casa à noite, período em que a jovem também retorna da Escola Brasília. “Muitos assuntos que não pude conversar com ela e com meu pai, tratei com os tutores, eles se tornaram meus amigos e conversaram comigo, me auxiliando muito a me encontrar”, conta. Essa situação decorre do ritmo de trabalho exigido pela escola, totalizando nove horas e meia diárias de aula.

CONTRATO DE CONVENIÊNCIA

Definido como acordo para melhorar o convívio entre alunos e professores, coordenadores, diretores, e demais servidores, o contrato de conveniência apontou as seguintes sugestões: Cooperação, Comprometimento, Comunicação,  Cumplicidade, Empatia,  Equidade,  Ética, Gratidão, Interesse, Organização, Participação, Respeito
Resiliência, Valorização e União.

___________

O programa Escola do Novo Tempo foi instituído pela Lei Complementar nº 940/2017 (promulgada em abril) e a Lei Complementar nº 958/2017 (outubro), em conformidade com a Portaria Ministerial nº 727/2017 (junho), estabelecendo parâmetros e critérios para o Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral (EMTI).

A Lei nº 13.415/2017 (fevereiro) tem como objetivo apoiar a ampliação da oferta de educação de Ensino Médio em Tempo Integral nas redes públicas dos estados e do Distrito Federal, de acordo com os critérios estabelecidos na Portaria 727, por meio da transferência de recursos às secretarias estaduais de educação que participarem do programa e o desenvolverem conforme suas diretrizes.

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Frank Néry
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Educação, Governo, Rondônia


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