Restaurante Comunitário irá garantir segurança alimentar para carentes

Maria do Carmo mora no bairro JK, uma das regiões que será contemplada com  a instalação do Restaurante Comunitário. Ela disse que mora com a mãe de 73 anos e gasta cerca de R$ 300,00 com alimentação, dinheiro que faz falta para outras despesas, como remédio e contas de água e luz. “Quando o restaurante começar a funcionar eu e minha mãe passaremos a almoçar aqui, além de economizar, não vou ter que fazer a comida e nem lavar a louça”, brinca a moradora.

Com capacidade para oferecer mil e quinhentas refeições por dia, o Restaurante Comunitário da Zona Leste de Porto Velho  irá garantir segurança alimentar à população de baixa renda, que poderá fazer uma alimentação equilibrada e balanceada, pagando apenas R$ 1,00.

O projeto denominado “Prato Cheio – Restaurante Comunitário” é uma das ações do governo do Estado inserido no eixo de atuação do Plano Futuro, programa de cidadania que tem por objetivo a superação da pobreza e erradicação da extrema pobreza em Rondônia, desenvolvido pela Seas, por meio da Coordenadoria de Segurança Alimentar e Nutricional em consonância com o Plano Brasil sem Miséria.

O secretário da Seas, Marcio Félix, disse que inicialmente o Restaurante Comunitário vai  fornecer mil e quinhentas refeições diárias ao preço de R$ 1,00 por pessoa, beneficiando, principalmente quem reside ou trabalha nos bairros da zona Leste, uma das regiões mais populosas de Porto Velho, onde habitam mais de 100 mil pessoas. O valor restante da refeição, cerca de R$ 5,5 será subsidiado pelo governo do Estado.

“O Restaurante Comunitário irá garantir alimentação de qualidade para milhares de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social”, garante Marcio Félix, ressaltando que esta é uma determinação do governador Confúcio Moura. O restaurante irá funcionar de segunda a sexta-feira das 11h às 14h30 e o atendimento será humanizado. Para evitar filas, a pessoa que for almoçar no restaurante irá fazer um cadastro e receberá um tíquete especificando o horário de seu almoço, “tudo muito rápido e sem burocracia, a pessoa vem no horário, almoça tranquilamente em um ambiente climatizado, limpo e agradável.”, ressalta Félix.

Sebastião Filho: obra valorizou a região

A expectativa em torno da inauguração do restaurante é grande na região, o senhor Sebastião José Filho mora praticamente em frente ao estabelecimento. “Se o preço da refeição for R$ 1,00 é praticamente de graça, vai ser muito bom”, afirma o morador que ainda destaca que a construção do prédio valorizou os imóveis da região.

Rodrigues: “a fome é triste”

Ao saber que o Restaurante Comunitário será inaugurado nos próximos dias, o comerciante Carlos Rodrigues, popularmente conhecido na região por “prefeito”, ficou feliz e disse que esta ação social beneficiará muitas pessoas que não têm condições de garantir a subsistência. “A fome é triste. Só quem passou, ou passa, sabe o que é”, destaca.

A construção do prédio no valor aproximado de R$ 1,8 milhão e a aquisição dos equipamentos de aproximadamente R$ 600 mil foi viabilizada por meio de compensação social da usina Santo Antônio Energia, via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O projeto arquitetônico foi feito pelo governo do Estado, por meio do Departamento de Obras Civis e Públicas (Deosp), e contempla uma cozinha completa, refeitório com capacidade para 180 pessoas no sistema de rotatividade, cozinha experimental com sala de capacitação que pode ser utilizada eventualmente pela comunidade, atendendo aos programas voltados à área social. O projeto foi feito dentro das normas técnicas da Vigilância Sanitária.

O Governo do Estado adquiriu as centrais de ar para climatizar o restaurante e toda a mobília da parte administrativa. O Restaurante Comunitário será administrado por uma empresa terceirizada, mas o Estado irá manter uma equipe técnica para fiscalizar o serviço.