O que os estados membros do Brasil Central produzem é exemplo para o país, diz Confúcio Moura a oficiais do Exército

A preservação das florestas é realizada pelos povos tradicionais, disse Confúcio Moura aos oficiais do Exército Brasileiro

O governador Confúcio Moura disse a um grupo de 22 oficiais do Exército que o Brasil que cresce, produz, paga contas e dá certo é o da região central do país. O argumento foi apresentado, nesta terça-feira (14), em palestra proferida do Palácio Rio Madeira a alunos da Escola de Comando Maior do Exército, que visitam Porto Velho.

Centenária, a Escola de Comando Maior do Exército forma generais e oficiais de alto nível. O grupo que veio a Rondônia é coordenado pelo coronel  Marcelo de Almeida Narciso.

A comitiva participou de um ciclo de palestras. O grupo ainda irá ao Amazonas e Roraima antes de retornar ao Rio de Janeiro, onde fica a sede da instituição.

Ao grupo de oficiais, o governador afirmou que o Brasil Central tem força produtiva que serve de exemplo ao país, e arrematou: “Acredito no país. Basta acalmar um pouco e vamos voltar a crescer. Mas não podemos baixar a cabeça”.

O governador explicou que Rondônia faz parte do Consórcio dos Estados do Brasil Central e que este formato se contrapõe ao modelo ainda vigente de relacionamento com o poder central, exaurido, conforme ele.

ENERGIA

A relevância estratégica das hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, instaladas no rio Madeira, responsáveis por 6% da energia do país, também foi citada por Confúcio Moura. Mas ele defende que os royalties destinados ao estado e municípios devem ser maiores.

Na área ambiental, o governador destacou que Rondônia mantém 62% da floresta em pé, que corresponde a um substancial  ativo financeiro decorrente do sequestro de carbono, riqueza que não é  monetizada por questões burocráticas.

A comitiva de oficiais participou de um ciclo de palestras no Palácio Rio Madeira

Ele atribuiu aos ribeirinhos e quilombolas a parte mais relevante da preservação ambiental na região e revelou  que, apesar disto, estes povos convivem com os piores indicadores sociais, pois não são disponibilizados recursos pelos países que desmatam. Sofrem com índices de pobreza. “Estas populações sofrem com os piores índices de pobreza”, afirmou.

Para fazer frente à falta de compromisso dos organismos internacionais com a região,  Confúcio propôs que os amazônidas resolvam os problemas, com recursos de sua  economia e força próprios.

Ao final da palestra, o governador lamentou a carência de lideranças nas quais o povo possa confiar. Após elogiar o Exército como instituição que estuda, planeja e realiza, Confúcio desejou sucesso aos oficiais.

Também participaram das palestras os secretários George Braga, do Planejamento, Orçamento e Gestão; Emerson Castro, da Casa Civil, tenente coronel Maurício Marcondes Gualberto, chefe da Casa Militar, e Rosana Souza, da Superintendência de Assuntos Estratégicos.

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