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04/12/2024

O peixe de Rondônia surge com a força de um novo agronegócio

24 de março de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

peixe em ro

Com uma área equivalente ao território da Roménia e quase cinco vezes maior que o da Croácia, atualmente, o Estado possui 3.250 propriedades licenciadas, sendo que 80% correspondem à produção de Tambaqui, Pirarucu, Jatuarana e Pintado.

 peixe em cativeiro

Esse crescimento explosivo na piscicultura de Rondônia deve-se ao apoio do Governo do Estado, que vê nessa atividade a oportunidade dela se tornar um grande produtor de pescado, conforme avalia o governador Confúcio Moura, que incentiva o consumo de peixes na alimentação escolar. O sistema de produção mais utilizado é o intensivo com a média de 6 a 10 toneladas de pescado por hectare, ao ano, em tanques escavados.

A cadeia produtiva possui dois frigoríficos com inspeção federal (SIF), um na região norte, município de Ariquemes (Zaltana Pescados) e outro no Sul do Estado em Vilhena (Santa Clara), beneficiando 700 toneladas de pescado ao mês. Contam com três fábricas de ração extrusadas e 12 laboratórios para produção de alevinos distribuídos em todo o Estado.

2 - despesca do pirarucu

Parcerias entre o Governo do Estado e o Ministério de Aquicultura e Pesca que apoiam as atividades capacitando técnicos, extensionistas e produtores rurais apresentam excelentes resultados. A pesquisa para melhoramento genético do Tambaqui, a produção e engorda do Pirarucu, bem como o licenciamento e construção de tanques, fomentam o desenvolvimento sustentável. O próximo passo é conquistar o mercado externo exportando para Europa e Estados Unidos.

Respeitando as regras ambientais existe, por outro, lado incentivos tributários para novos empreendimentos e a descentralização dos licenciamentos para os municípios, que tenham produtores com menos de 5 hectares de lâmina de água, gerando emprego e rendas no campo e nas áreas urbanas. O governador Confúcio Moura, por sua vez, incentiva as famílias ligadas à agricultura familiar a produzir peixes em cativeiro.
2 - pescados

Novo Agronegócio

Na opinião do Superintendente Federal de Aquicultura e Pesca, em Rondônia, Giovam Damo, a piscicultura pelo sistema em cativeiro e tanques escavados além de desafogar a pesca nos rios e igarapés, oferecendo condições para as espécies se reproduzirem naturalmente, está transformando a produção de peixes num grande e novo agronegócio. Os rios que já davam sinais de morte pela pesca predatória voltam a respirar e apresentar sinais de vida, mostrando que nem tudo está perdido.
2 - jose martins nogueira

É verdade. No pequeno município de Itapuã do Oeste, distante 100 quilômetros de Porto Velho, o produtor José Martins Nogueira Maia, em 11 hectares de lâmina de água com 19 tanques transformou a pequena propriedade numa verdadeira estância de piscicultura produzindo 80 toneladas de pescado por safra entre Pirarucu, Tambaqui e Pintado.

No empreendimento administrado pela família, José Martins Nogueira Maia, engorda por ano 40 mil peixes que são comercializados com os frigoríficos que vendem para Manaus, Brasília, Piauí, Maranhão e Rio de Janeiro. Empresários de outros setores estão migrando e investindo na piscicultura, pelo fato do consumo da carne de peixe encontrar-se em alta e com mercado assegurado.

2 - weberton

Weberton José de Mello, administrador do frigorifico Zaltana Pescados relata que das 650 toneladas de pescado beneficiados, por mês, 60% são comercializadas no centro-sul do País com o grupo Pão de Açúcar e Wal-Mart, grandes consumidores do pescado rondoniense. Segundo ele, o carro-chefe é o Tambaqui, puxando no vácuo o Pintado e o Pirarucu.

Deste volume 30% são em cortes nobres, costelas, bandas e filés. Os outros 30% são eviscerados que seguem para a mesma região. 40% seguem in natura para a região norte do País.
2 - processamento do pescado

Com investimentos de R$ 21 milhões na implantação de uma fábrica de gelo e outra de ração, o grupo se prepara para em 2015 beneficiar mil toneladas de pescado ao mês. Contudo, essa produção pode ser multiplicada por dez, pois só a fazenda “Nova Esperança” de peixes na região Norte do Estado com uma área de 300 hectares de lâmina de água garante a metade da produção anual desta indústria.

Sem restrições ambientais

Clima, água exposta e mais aflorada com relevo e nascentes naturais é mais fácil produzir, tendo o fator climático equatorial, 6 meses de seca e seis de chuva, sem quaisquer tipo de restrições ambientais, desde que a legislação seja respeitada, Rondônia produz o melhor peixe do Brasil. Motivados pela demanda do centro-sul, as indústrias frigoríficas investem em mão- de-obra e na qualidade da produção pesqueira na região.

Do ponto de vista do engenheiro de pesca Vinícius Pedroti, o mercado para o peixe de Rondônia está consolidado como atividade lucrativa e empresarial que mantêm o equilíbrio, onde os sub-produtos do pescado são reaproveitados em fábricas de ração e adubos. Segundo ele, “o Tambaqui é o nosso peixe”.

Weberton José de Mello acentua que o Tambaqui de Rondônia é comercializado em padrão de dois quilos e meio, somando-se a isso fatores importantes: paladar, preço, cortes sem espinhas e a mudança de hábito de quem trabalha na cozinha. Para ele, “Rondônia virou o celeiro do peixe.”

Implantado na região do Sul do Estado, o frigorífico Santa Clara, também com inspeção federal (SIF), beneficia 30 toneladas de pescado/mês, atendendo as praças de Rondônia e Mato grosso.

Na safra 2012/2013, o grupo Mar e Terra com frigorífico em Itaporã no Mato Grosso do Sul, beneficiou mil e 100 toneladas de Pirarucu, produzidas na região central no Estado de Rondônia. Uma parte fora comercializada no mercado interno e outra exportada. Na atualidade, Rondônia é o maior produtor de Pirarucu em cativeiro no País.


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Fonte
Texto: José Luiz Alves
Fotos: José Luiz Alves
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agropecuária


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