Governo de Rondônia
22/12/2024

“O Governo existe, de fato, quando muda a vida de pessoas”, diz Lúcio Mosquini

28 de março de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

“Sou objetivo, rápido, desenrolado, pró-ativo, intolerante com a burocracia e também revoltado com a morosidade do setor público”

“Compreendo que a missão do gestor público é servir. Governo existe, de fato, quando muda a vida de pessoas”. A frase é do diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagens e Transporte (DER), que acumula ainda a função de diretor geral do Departamento de Obras e Serviços Públicos (Deosp), Lúcio Mosquini, o entrevistado do Fala Governo desta semana.

Veja o vídeo da entrevista

Mato-grossense nascido em Rondonópolis, o engenheiro Lucio Antonio Mosquini adotou o estado de Rondônia como sua terra Natal. Morando há mais de 30 anos em Rondônia, Mosquini tem escrito seu nome na história desse estado. Hoje homem bem-sucedido na comunidade rondoniense, já passou dificuldades, mas soube superá-las com seu trabalho, garra e dedicação. O adolescente que um dia foi engraxate na cidade de Tangará da Serra, hoje é engenheiro eletricista, pós-graduado em controladoria pública, empresário, pecuarista e comanda duas das principais pastas do governo Confúcio Moura: o DER e o Deosp.

Diretor geral do DER e Deosp, Lúcio Mosquini

Diretor geral do DER e Deosp, Lúcio Mosquini


FG – Como foi encarar o desafio de assumir o DER?

Mosquini – Fui convidado pelo governador Confúcio Moura na primeira semana após ter vencido a eleição, para ser diretor do DER. Foi mais um desafio, diferente, até porque tive uma abrangência estadual. Entendo que prestei minha parcela de contribuição. Foi mais uma grande experiência na minha vida.

FG – Como foi para conciliar o DER e o Deosp?

Mosquini – Foi outro grande desafio. Partiu da necessidade de que o Deosp também tivesse uma celeridade de nossas ações. O maior desafio era a entrega do Palácio Rio Madeira e nós pegamos como missão. Outra grande missão era de fazer a fusão do Deosp-DER, criando o Deinfra. Não fizemos ainda por questões de recursos humanos.

FG – O Palácio Rio Madeira está com 100% das obras concluídas?

Mosquini – O Palácio Rio Madeira tem 100% de obra concluída. Não temos mais nada a fazer. O que é preciso é colocar móveis e divisórias, isso não compete ao Deosp e sim as secretarias.

FG – Quanto foi gasto nessa obra?

Mosquini – Ao todo deve atingir em torno de R$ 70 milhões. Quando assumimos havia 35 contratos administrados. Foi contrato para fazer o piso, outro para fazer o teto, a janela, o forro. Quando falo que era uma confusão esses contratos, as pessoas acham que é brincadeira, mas conseguimos, graças a Deus, concluir todos eles. O importante é que o interesse público foi atingido, que a obra está pronta.

FG – E as obras do Teatro Estadual?

Mosquini – Obras estão em fase de acabamento, com instalação da fiação dos condicionadores de ar, acabamento de forros, revestimento das paredes e piso e instalação das cadeiras, do palco, iluminação do palco, instalação do elevador, conclusão da fachada.

FG – E em relação ao Teatro, quando que foi gasto?

Mosquini – Vamos encerrar as obras físicas do teatro no mês de abril. Vamos atingir em torno de R$ 20 milhões para a conclusão de 100% do teatro.

FG – Qual o diferencial para gerir essas duas grandes pastas?

Mosquini – Povo ordeiro é povo fiscalizado. O que nós fizemos, tanto no DER como no Deosp, foi estabelecer metas e prazos. Todas as vezes que tenho uma reunião para tratar de um assunto, convido um técnico que assume o compromisso de responder por determinada obra. Temos a Lei da Produtividade, onde um operador de máquina, por exemplo, ganha de salário R$ 1.200 e de produtividade recebe R$ 2.200, quase o dobro. Regras foram estabelecidas. Tudo depende do servidor. Conseguimos essa belíssima gestão em função da disciplina, das metas, que cobramos dos servidores.

FG – Com foi para equipar o Deosp e o DER?

Mosquini – Nós tínhamos duas oportunidades: ou a gente licita obra, pega o dinheiro é paga as empresas, ou não licita, pega o dinheiro e compra equipamentos. Quando chegamos ao DER tínhamos apenas 232 máquinas documentadas em bom estado de conservação. Como meta de gestão, optamos por não terceirizar obras, e sim adquirir equipamentos. Então hoje o DER tem 536 máquinas documentadas.

 

FG – Com isso houve aumento na produtividade?

Mosquini – Sim. Dobramos a capacidade produtiva. Tínhamos 4 mil quilômetros de estradas e em 2013 concluímos 12 mil quilômetros.

FG – E onde conseguiu tanta mão de obra para operar essas máquinas?

Mosquini – Fizemos um concurso público, que tinha 550 vagas e chamamos os aprovados.

FG – E o que é o “Asfalto Bom”?

Mosquini – O Governo precisava dar identidade às obras públicas. O governador Confúcio em Vilhena, na época de campanha, prometeu 500 km de asfalto, então me chamou. Arrumou o recurso, através de um financiamento do BNDES, e conseguimos captar esse dinheiro. Queríamos produzir algo diferente. Optamos, nos grandes centros urbanos de Rondônia, pelo asfalto quente usinado, um produto que a população não conhecia. Mas não tínhamos condições financeiras de produzir esse asfalto. Então adquirimos 10 usinas de asfalto e começamos a produzir esse asfalto usinado e todo mundo começou a falar que o asfalto era bom. Então denominamos o projeto de “Asfalto Bom”.

FG – Quantos municípios foram beneficiados com o “Asfalto Bom”?

Mosquini – As metas estão sendo cumpridas, rigorosamente. Atualmente 50% das obras já foram executadas. Isso representa mais de 1.200 ruas pavimentadas, incluindo as ruas asfaltadas nas obras que ainda estão em andamento, algumas com até 80% de conclusão, com os contratos já finalizados.

FG – E essa meta de 500 km será cumprida?

Mosquini – O projeto original era 500 Km de asfalto e temos hoje contratados 758 km. É um referencial do Governo Confúcio esse “Asfalto Bom”

FG – Quanto foi investido nessas usinas de asfalto?

Mosquini – Investimentos em torno de R$ 25 milhões. Só que elas não sobrevivem isoladamente. Junto com as usinas nós temos a recicladora de asfalto. Tive a audácia de fazer um pregão eletrônico internacional, onde fui aos Estados Unidos conhecer essa máquina importada no Texas.

FG – O asfalto representa mais que trafegabilidade?

Mosquini – Sim, asfalto também é questão de saúde. Uma rua com asfalto de qualidade é diferente de uma cheia de lama ou poeira. Governo existe, de fato, se mudar a vida de pessoas. Muda-se quando se pavimenta uma estrada e consegue economizar 10 minutos para uma ambulância chegar a um hospital e salvar uma vida. Você consegue mudar a vida de pessoa, quando se asfalta uma rua e aquela criança que tinha uma bronquite, pneumonia, não respira mais aquela poeira. Todas essas ações que o Governo fez na área de pavimentação mudaram as vidas das pessoas. Foi isso que a gente fez.

FG – Quantos municípios estão com 100% de asfalto?

Mosquini – Estamos procurando rua para asfaltar. Estamos com 100% de asfalto em Nova União, Cabixi, Teixeirópolis, Alto Alegre, Espigão do Oeste, Ministro Andreazza e Rio Crespo. Então, o Governo Confúcio foi muito sábio, quando colocou que nesses municípios, iríamos implantar 100% de asfalto. E agora em 2014 estamos concluindo 100% de pavimentação asfáltica em Ariquemes (40 km) e Ouro Preto (25 km). Assim vamos fechar a gestão em torno de 10 municípios com 100% de asfalto.

FG – Como estão as pavimentações das rodovias no interior?

Mosquini – Iniciamos a RO 257, são 70 km que interliga Ariquemes até o 5º BEC. Nós temos a interligação da BR 364 ao distrito de Triunfo, que já está praticamente 100% concluída, a rodovia de Castanheiras que ligará o município a Rolim de Moura e a RO 464 que interliga a BR 364 a Tarilândia, já com 95% do trecho concluído. E a última rodovia é a que liga Alta Floresta a Vila Marcão, faltando 40% para ser concluída. Estamos iniciando ainda novos projetos, como a interligação de Cerejeiras com Pimenteiras, pela RO 399. Estamos na fase de licitação da BR 421.

FG – Fale do Projeto Estradão.

Mosquini – O projeto visa patrolamento, encascalhamento de estradas; abertura lateral; substituição de pontes de madeira por pontes e bueiros de concreto ou tubos metálicos; eliminação de curvas perigosas, cortes de morros elevados. Três anos depois, o governo pode comemorar os resultados desse projeto. Os problemas de atoleiros e pontes de madeira levadas pelas águas durante as chuvas são mínimos. Também faz parte do Projeto Estradão a iluminação dos trevos estaduais, benefício que começou a ser executado no ano passado. Foi um marco do Governo Confúcio.

FG – Fale sobre o Projeto Mão Amiga. Como funciona?

Mosquini – É um belo projeto. Nós separamos do parque de máquinas do DER uma parte dos equipamentos para atender os municípios, onde o Governo faz as estradas que não são de sua competência. É uma espécie de socorro. Recebemos da prefeitura o óleo diesel e deixamos as máquinas à disposição dos municípios para fazer as vicinais.

FG – E a Rua da Beira?

Mosquini – Primeiro que em Porto Velho o governador não fez só o “Mão Amiga”, fez o “braço”, a “perna”, o “corpo”, fez tudo. Mas por causa das chuvas, estamos com 50% das obras da Rua da Beira concluída e até o final de junho estará 100%. Assumimos em Porto Velho mais de mil quilômetros de estradas.

FG – E a Estrada do Belmont?

Mosquini – Nós temos um problema grave na Estrada do Belmont que é a parte de invasão da faixa de servidão. Como não conseguimos fazer a retirada dos moradores, um total de 72 famílias, optamos por pavimentar a estrada existente. Já fizemos o trecho que foi assumido pelo governador e hoje existe um clamor para aumentar essa extensão em mais 2 km. Tão logo se inicie o período de seca, vamos implantar esses outros dois quilômetros.

FG – O que é o projeto Canais da Cidadania? E onde estão sendo implantados?

Mosquini – É um projeto de revitalização e desmarginalização de áreas de córregos e igarapés onde moraram famílias de baixa renda. O projeto beneficia inicialmente os municípios de Porto Velho, Ariquemes, Jaru, Ouro Preto, Ji-Paraná e Buritis.

FG – Quanto está sendo investido no novo Espaço Alternativo?

Mosquini – O Novo Espaço Alternativo é uma obra de R$ 20 milhões. A cidade de Porto Velho receberá do governo estadual o seu melhor e mais completo espaço público para práticas esportivas e atividades de lazer. O local conhecido como Espaço Alternativo (na Avenida Jorge Teixeira, entre o Hospital de Base e o aeroporto) deixará de ser apenas um ambiente adaptado para caminhadas de fim de tarde e será transformado numa mega praça digna der ser o cartão postal do município.

FG – Em relação à cheia o que o DER vem fazendo para ajudar na questão da trafegabilidade?

Mosquini – O DER tem socorrido todos os municípios prejudicados, abrindo estrada, prestando socorro a vitimas em conjunto com a Defesa Civil.

FG – Para finalizar deixe uma mensagem para a população

Mosquini – Compreendo que o gestor público a missão dele é servir. Nós procuramos servir os menos favorecidos com as nossas ações, inclusive com assistência direta àqueles que estão mais isolados no Estado de Rondônia. Acredito que dias melhores virão e nós trabalhamos hoje para que esse futuro seja melhor.


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Fonte
Secom - Governo de Rondônia

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