Governo de Rondônia
23/12/2024

REFORMA AGRÁRIA

Na fazenda desapropriada, 116 famílias produzirão hortigranjeiros

15 de janeiro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

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Ariquemes: Vale do Jamari inicia reforma agrária

A Superintendência Estadual do Incra em Rondônia aguarda a emissão de posse no prazo de 60 dias e, paralelamente, a liberação dos recursos e lançamento do título da dívida agrária, para iniciar o assentamento de 116 famílias na Fazenda Rio Branco II (1,7 mil hectares), a 12 quilômetros do centro de Ariquemes.

Próxima à área urbana desta cidade da rodovia BR-364, a 192 quilômetros de Porto Velho, a fazenda desapropriada em 30 de dezembro pela presidente Dilma Rousseff será utilizada para o cultivo de hortifrutigranjeiros, uma das vertentes da agricultura familiar, atualmente responsável por sete de cada dez empregos no campo e por cerca de 40% da produção agrícola brasileira

O imóvel rural pertencia a Hugo Frei, um dos maiores produtores de cacau do Estado nos anos 1980. Segundo o chefe de Obtenção de Terras e Implantação de Projetos de Reassentamentos do Incra-RO, José Ribeiro Cunha, as famílias contempladas possivelmente desenharão novo cenário na região do Vale do Jamari, também conhecido por casos de violência no campo.

“De baixo para cima, e não o contrário”

O Vale do Jamari levou o governador Confúcio Moura a defender mudança na forma de distribuição de terras, durante o seu primeiro mandato, quando foi recebido em audiência pelo então ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e pelo presidente do Incra, Celso Alvarenga, em Brasília. Na ocasião, o governador advertia: “A reforma agrária precisa ser feita de baixo para cima e não ao contrário”.

Governador Confúcio Moura disse que as terras para reforma agrária tem de ser próximas a infraestrutura para saúde, educação e acesso a estradas

Confúcio: terras para reforma agrária têm de ser próximas a infraestrutura para saúde, educação e acesso a estradas

“Temos que acabar com a cultura de adquirir terra nos confins das matas e jogar as famílias sem estradas, longe de escolas e de recursos de saúde. O Estado pode localizar áreas próximas das cidades, de escolas, de transporte, enfim, de uma infraestrutura mínima que garanta o sucesso do assentado”, afirmava o governador.

Naquela ocasião, Confúcio convocava a todos a buscar o fim dos conflitos: “Acabar com as mortes, desarmar o espírito e a cintura”. Lembrava o governador que Rondônia: “Já nos expusemos demais aos conflitos da vida e não vamos escrever com o sangue derramado a omissão do Estado”.

 

 

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Recente mutirão do Incra, para cadastramento de trabalhadores rurais em Machadinho do Oeste

 

OUTRAS DESAPROPRIAÇÕES

Além de Rondônia, outros nove Estados tiveram áreas desapropriadas: Goiás (5), Maranhão (4), Minas Gerais (2), Pará (1), Paraíba (2) Pernambuco (4), Rio Grande do Norte (1), Santa Catarina (1) e Sergipe (1), totalizando 66.658 hectares, que deverão beneficiar 1.504 famílias de trabalhadores rurais.

Essas desapropriações foram decretadas pela presidente após perícia técnica feita pelo Incra, para constatar que os proprietários não estavam cumprindo a finalidade social e produtiva.  Todas apresentavam índices de produtividade abaixo do que determina a Constituição Federal.

∎ Os recursos já previstos pelo governo Federal, no orçamento deste ano para a desapropriação das áreas, somam R$ 76,7 milhões.


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Fonte
Texto: Veronilda Lima
Fotos: Assessoria Incra e Wikipedia
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Governo, Habitação, Rondônia


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