Governo de Rondônia
18/07/2024

Galeria Virtual Patricia Fran

Governo do Estado de Rondônia

Nome: Patrícia Francisco Rodrigues Chagas

Nome artístico: Patrícia Fran.

Natural de Franca/SP. Nascida no ano de 1986.

Mora em Ji-Paraná.

Formação Acadêmica: – Curso de Design de Calçados e Acessórios pela Universidade de Franca

– Curso de Licenciatura Plena em Educação Artística e Bacharelado em Artes, pela Universidade de Franca.

– Iniciação Científica: Palmilha Propioceptiva.

– Especialização em óleo sobre tela, na Escola de Artes W. Veríssimo.

Exposições. Trabalhos.

Exposição em Franca, no Teatro Municipal de Franca, no ano de 2006, com a coleção “Pavões”.

Na casa da cultura Ivan Marrocos, de título “ Amazônia a exuberância em cores”, no ano de 2014

Capa e contra-capa do livro “Elder e a Estrela de Jali”, do escritor Carlos Antônio Chagas Júnior

Faz parte do acervo de obras de arte da Biblioteca Francisco Meireles.

Projetou a Sala da Audiência Humanizada da Vara do Trabalho de Guajará-Mirim, inaugurada em 2016, com obras valorizando a cultura indígena, bem como com o quadro central “Maat”.

Menção honrosa no 13º SAART, com a obra “pajelança na pérola do Mamoré”

Nota da artista sobre a sua arte: “A artista desde a infância apresentou habilidades artísticas, ganhando seu primeiro prêmio de desenho artístico aos 6 anos de idade.  A artista pensa que a parte mais difícil de se produzir um quadro não seria pintar, e sim conseguir colocar toda a sua alma na obra, demonstrar ao expectador toda a sua empolgação com o tema, para que fique registrado ali a sua forma de ver o mundo. O quadro passa a ser uma obra de arte e adquire vida a partir do momento em que ele hipnotiza e emociona o expectador. Hoje a artista  conseguiu desenvolver através de muito treino e estudo o seu próprio estilo de pintura, que no qual ela chama de arabesco arte. A artista gosta de pintar temas do seu cotiano e principalmente a cultura e o folclore brasileiro.”

Abordagem Artística

Vivemos em um mundo cheio de movimento, onde vida pulsa ao sabor das metáforas. Estamos imersos em um imenso caleidoscópio onde os momentos se descortinam e formam o fascinante espetáculo do viver. Na minha arte busco imortalizar em telas a grandeza da vida, em sua riqueza de detalhes, seu ritmo constante, sua efusão de cores e mostrar o lado onírico que toca a alma.

Minha arte tem por objetivo difundir tanto o folclore e cultura bem como temas universais que encantam toda a humanidade. Meu estilo se caracteriza através de telas com riquezas de detalhes e uma explosão de cores, texturas rendadas e arabescos onde acabei identificando, ao longo do tempo, um estilo de pintura próprio, que busca pelas cores e texturas trazer vida ao personagem, mexer ou incomodar o espectador.

Percebi que a exuberância nos detalhes conseguia traduzir o meu sentir sobre a vida. As linhas retas e tradicionais, os simples contornos que traduzem a realidade não me satisfaziam, eu precisei buscar algo mais, algo que retratasse o fascinante caleidoscópio do viver. Sinto que estamos em um veredeiro bordado, tecido com as linhas das emoções mais variadas e complexas. Quero tocar o meu espectador e fazê-lo sentir através do simbolismo dos arabescos que ele faz parte desta intrincada trama.

Descobri que a tela exerce uma dialética com a pintora, revelando pouco a pouco o que precisa para ser formada a trama em sua plenitude, de modo que ao começar a pintar um quadro não sei como ele ficará, a tela pede e eu simplesmente atendo os seus desejos, que variam de acordo com as emoções. É uma trama sem fim, contudo tenho que colocar um ponto final, embora eu ache que as telas sempre ficarão inacabadas. Depois dessa criação subjetiva do meu estilo próprio, busquei na história da arte algo parecido, mas não encontrei. Dessa forma denomino meu estilo utilizando o neologismo “arabescaismo”

“Arabescaismo” é a técnica de pintura em óleo sobre tela, com a qual sobrepõese à imagem principal, um emaranhado de arabescos, bordando a tela com esmero e paciência, e tal qual em um intrincado mosaico, faz do quadro um todo temático coerente e harmônico, de forma a atrair a atenção do espectador para os diversos detalhes que compõem a obra, que pode ser vista e revista sempre com um novo olhar.

Outra característica da minha abordagem artística nas obras é a inclusão da simbologia do pavão.

O pavão misterioso traz em si a mitologia de ser a ave do paraíso. Diante da impressionante harmonia de suas formas e pela exuberância de suas cores, é um animal associado à beleza e à perfeição. É também conhecido por comer plantas venenosas e serpentes sem apresentar quaisquer problemas, fazendo com que suas penas simbolizem incorruptibilidade, imortalidade, triunfo sobre a morte, capacidade de regeneração e transmutação. O pavão é a “ave dos cem olhos”, que tudo vê representando para os cristãos a onisciência do criador que está presente em suas penas. O desenho de sua calda representa as estrelas e o universo. Na mitologia o pavão foi escolhido como protegido pela deusa grega Hera, a rainha dos deuses, que marcava seus locais protegidos com a pena de pavão e na mitologia hindu o pavão está associado à deusa Lakshmi cujas as penas representam suas qualidades: bondade, paciência, prosperidade e boa sorte, assim como Sarasvati, a deusa do conhecimento, da fala, da poesia, da música, dos estudos e da sabedoria monta um pavão. O pavão está presente em diversas culturas e mitologias sendo um ícone universal e cheio de significado.

Adotei essa simbologia fantástica do pavão, de forma a representar a ligação com o divino, com o transcendental, a transmutação que cada espectador terá após se deparar com a obra, pois a arte tem o condão de espelhar as mais diversas realidades e trazer um novo olhar para seus observadores. Pretendo que o espectador ao se deparar com minhas obras possa se encontrar com a grandeza da vida que o cerca em sua inusitada beleza, a magia e perfeição das cores que muitas vezes não nos damos conta de estar presentes. Assim, trabalho em quase todas as minhas obras com o símbolo da pena do pavão transmutada em diversas formas e cores.

Enfim, penso que a parte mais difícil de se produzir um quadro não seja pintar, e sim conseguir colocar toda a sua alma na obra, demonstrar ao espectador toda a sua empolgação com o tema, para que fique registrado ali a sua forma de ver o mundo. O quadro passa a ser uma obra de arte e adquire vida a partir do momento em que ele hipnotiza e emociona o espectador. Meu amor pela arte é um amor total e imortal é algo que não se pode interromper jamais. Quero traduzir em telas a magnitude da vida, em sua majestade de detalhes, seu ritmo incessante, sua explosão de cores e exibir o lado onírico que toca a alma.


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