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22/12/2024

Dionísio Shochness: Rondônia dá adeus ao pioneiro do trem

25 de junho de 2014 | Governo do Estado de Rondônia

Dionísio Shockness (museudapessoa.net)

Dionísio Shockness (museudapessoa.net)

Rondônia perdeu no início da noite da última terça-feira, 24, um de seus mais considerados filhos, o pioneiro Dionísio Shochness. Dionísio nasceu em Porto Velho no dia 19 de abril de 1922 e, em 1954, casou-se com a professora Syvil Winte Shochness, com quem teve cinco filhos Elizabeth, Eli, Eliezer, Elsie e o Dionísio Júnior. Com apenas 12 anos de idade, em 1934, ingressou na Estrada de Ferro Madeira Mamoré como aprendiz na oficina das Cegonhas e, daí para a frente, só fez crescer dentro da empresa, até conseguir seu mais almejado sonho, que era ser maquinista de locomotiva. Por alguns anos foi encarregado da manutenção dos veículos ferroviários no trecho entre Abunã e Guajará-Mirim. Aposentou-se em 1969 após 35 anos de bons serviços prestados à EFMM. A convite do então governador Jorge Teixeira, voltou a trabalhar na Madeira Mamoré em 1980, quando foi restaurado o trecho entre Porto Velho e a Cachoeira do Teotônio.

Na política, foi um dos fundadores do MDB, hoje PMDB. Era Maçom muito considerado pelos irmãos de todas as Lojas.

Uma de suas grandes paixões foi o Flamengo do Rio de Janeiro, que costumava chamar de “Meu Framengo”.

Seu corpo foi velado na 1ª Igreja Batista de Porto Velho, de onde saiu para o cemitério dos Inocentes às 15h desta quarta-feira, em grande cortejo.

Durante o velório, depoimentos de vários pessoas sobre a vida e a importância do pioneiro de Rondônia, Dionísio Shochness:

A esposa de Dionísio, Syvil Winte Shochness

A esposa de Dionísio, Syvil Winte Shochness

“60 anos de matrimônio. Nascemos e nos casamos aqui em Porto Velho. Temos que seguir esse caminho. Nunca queremos que esse dia chegue, mas ele chega. Em novembro do ano passado, ele caiu na cozinha sem nada. O chão estava enxuto, quebrou duas costelas. Levamos para o hospital, onde ficou em recuperação aí veio a complicação no coração, depois insuficiência a renal e terça-feira, dia 24, por volta das oito e meia da noite, faleceu no hospital 9 de Julho. (Syvil Winte Shochness – Esposa).

Elizabeth, filha de Dionísio

Elizabeth, filha de Dionísio

 “A gente tem a certeza do dever cumprido, um bom pai, nos passou muitos valores, agora vai ficar só a saudade”. (Elizabeth – Filha).

Elvestre Johnson, jornalista

Elvestre Johnson, jornalista

“É uma perda irreparável, mas, pelos princípios bíblicos e cristãos, sabemos que pode acontecer a qualquer hora. A Bíblia diz: “Procura apresentar-te diante de Deus aprovado”. Ele está na paz, está com Deus e nós ficamos contentes por ele ter gozado de todos os privilégios conosco e no final de sua vida, estar na presença de Deus”. (Elvestre Jonshon – Jornalista).

Osmar Vilhena, pastor e radialista

Osmar Vilhena, pastor e radialista

“Falar de Dionísio Shochness é falar de Porto do Velho ou Porto Velho. Ele realmente é um dos pioneiros de Rondônia. Dionísio é remanescente da lendária Estrada de Ferro Madeira-Mamoré hoje tão sucateada. Perdemos um pai de família honrado nas suas tradições, servindo a Deus e também pertencente a uma das lojas maçônicas, além disso, flamenguista exemplar”. (Osmar Vilhena – Pastor e Radialista).

Pastor substituto da 1ª Igreja Batista, Carlos Alberto

Pastor substituto da 1ª Igreja Batista, Carlos Alberto

 “A vida do irmão Dionísio foi de testemunho. O que ele fez, fala mais alto do que suas próprias palavras. Na igreja, sempre foi uma pessoa participativa muito envolvente, dando sua contribuição para que o evangelho pudesse se expandir cada vez mais”. (Carlos Alberto – Pastor substituto da 1ª Igreja Batista).

Bubu Johnson, produtor cultural

Bubu Johnson, produtor cultural

 “Foi um baluarte! Caracterizou muito bem a resistência da cultura dos povos que vieram para esta região, não só os barbadianos, mas, os gregos, alemães e outros que vieram para a construção dessa epopéia que deu origem ao estado de Rondônia. Ficamos tristes, mas, ao mesmo tempo gratificados. Nosso irmão estava sofrendo muito e agora sabemos que ele foi pro reino da glória”. (Bubu Jonshon – Produtor Cultural).

Enio Melo, músico e engenheiro

Enio Melo, músico e engenheiro

“Uma pessoa respeitada, séria e feliz. Ficamos amigos na maçonaria, sempre brincalhão nas reuniões, gostava de me gozar porque sou vascaíno e ele flamenguista. Em suma, perdemos um grande homem”. (Enio Melo – Engenheiro e Músico).

Beni Andrade, publicitário e radialista

Beni Andrade, publicitário e radialista

 “Nossa história perde um grande vulto e fica mais pobre! Lamento porque a gente percebe com o passar do tempo, a indiferença por parte das autoridades em relação a esses pioneiros. Cada vez que Deus chama um deles, vou repetir, a nossa história vai ficando cada vez mais pobre”. (Beni Andrade – Publicitário e Radialista).


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Fonte
Texto: Silvio M. Santos
Fotos: Rony Carvalho
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Cultura


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