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ASSISTÊNCIA

Casa de Apoio do Hospital de Câncer de Barretos, em Porto Velho, ajuda pacientes e acompanhantes a superar desafios

07 de maio de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Altino Terra está na Casa de Apoio pela segunda vez acompanhado pela esposa, Janira Terra

Altino está na Casa de Apoio pela segunda vez, acompanhado pela esposa, Janira 

Enfrentar uma doença, como o câncer, é um desafio para o paciente e toda a família, que na maioria das vezes é  fundamental para a superação. Ficar longe dos entes queridos pode ser um fado complicador. O Hospital de Câncer de Barretos, a 2.659 quilômetros de Porto Velho, é o local para onde a Secretaria de Saúde do Estado de Rondônia (Sesau) encaminhava a maioria dos pacientes. Com a construção de uma unidade do hospital em Porto Velho, o Barretinho, a situação mudou. Atualmente, o paciente acometido pelo câncer fica no próprio estado e, mesmo quando vem do interior, fica mais perto dos parentes, que ficam abrigados na Casa de Apoio do Hospital de Câncer Barretinho. Além do acompanhante, a Casa serve também de apoio para os próprios pacientes em tratamento sem internação.

A Casa é mantida pelo próprio hospital, mas depende de doações e do trabalho de voluntários para funcionar bem. O ambiente pode abrigar até 36 pacientes e o número igual de acompanhantes, pois todos os pacientes precisam de alguém que cuide deles, uma vez que não há estrutura para atendimento individual no local.

Altino Francisco Terra, mora em  Mirante da Serra, e pela segunda vez foi submetido a uma cirurgia no hospital. Lavrador, 50 anos, ele admite que seria muito difícil estar em outro estado com sua esposa. “Ficar aqui é melhor. Mais uns dias e vou embora para o sítio”, disse ele, enquanto, a esposa, Janira Terra, acredita que é até mais fácil lidar com a doença, quando a distância é menor.

Diná Pádua Dias, mora em Jaru, e acompanha a filha, Zilma Pádua, que está na Casa desde janeiro. “Cada hora vem um da família para ficar com ela”, afirmou Diná, citando que Zilda já esteve sob os cuidados da irmã, da prima e da cunhada. “Se fosse lá em São Paulo a gente não podia cuidar assim”, completou.

Maria José Lumiere é funcionária do hospital e administradora da Casa, que segundo ela recebe vários grupos de voluntários estudantes, religiosos, associações, entre outros. Além dos voluntários e acompanhantes, todos os dias os pacientes são visitados por um profissional de enfermagem destacado pelo próprio hospital. Um veículo tipo van, da Associação Voluntária de Combate ao Câncer (AVCC), está à disposição da Casa de Apoio para transportar pacientes e acompanhantes no perímetro urbano.

Voluntárias destacam importância do artesanato

Voluntárias destacam importância do artesanato para pacientes e acompanhantes

Maria José explicou, que durante a permanência na Casa, pacientes e acompanhantes utilizam os alimentos disponíveis na dispensa. Arroz, feijão, açúcar, café, sal, óleo, farinha e outros produtos oriundos de doações. Uma das funções do acompanhante é preparar a refeição do paciente, quando não há restrições alimentares; e a sua própria comida.

A administradora lembrou, que o abrigo recebe pessoas não só de Rondônia, mas também do Acre, Roraima, Amazonas e Mato Grosso. “Em geral são pessoas desprovidas de qualquer recurso, muitas não conhecem ninguém na cidade, o que exige mais a atuação dos voluntários”, apontou.

A Casa de Apoio do Hospital do Câncer está localizada na rua Benjamim Constant, 117,  no bairro Arigolândia. No local, todas as segundas e quartas-feiras, à tarde,  a AVCC promove oficina de artesanato destinada aos pacientes e acompanhantes interessados a produzir pequenas peças, como fuxico, bordados e outros. As voluntárias da AVCC levam todo o material e as peças produzidas são para os próprios participantes. “Muitos não têm condição de fazer, mas mesmo assim querem participar, então a gente faz a peça para o paciente”, explicou a voluntária Marlei Pavão.

“A confecção de artesanato tem sido uma forma de ocupar o tempo e a mente  deles, que se preocupam com a doença, com a família e os problemas do dia a dia”, completou Islanda Menezes, outra voluntária.


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Fonte
Texto: Alice Thomaz
Fotos: Daiane Mendonça
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Assistência Social, Governo, Inclusão Social, Serviço


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