Cacauicultor alerta para riscos da monocultura

O capixaba Cláudio Conceição, proprietário da “Casa do Cacau” e há 35 anos atuando no ramo como produtor e comerciante em Jaru, admite que é preciso  mudar  o know-how nas áreas de cultivo, pois as técnicas estão  ultrapassadas.

Com os métodos antigos, os produtores colhem no máximo 2,5 kg por pé de cacau. Já com as novas técnicas, desenvolvidas pela Ceplac, a expectativa é de um aumento de quatro vezes mais na produtividade.

As novas técnicas de cultivo serão discutidas com técnicos da Ceplac e produtores da região, dia 25 de abril, em audiência pública na Estação Experimental de Ouro Preto do Oeste.  Segundo Cláudio Conceição, ele lembra que as novas técnicas de cultivo começaram a reaquecer o setor.

Consórcio seringueira e cacau (Ceplac)

Otimista quanto às opções para diversificação da produção e alternativas econômicas para a região, ele chama a atenção para a importância dos produtores abandonarem as técnicas da monocultura. “Isso tanto coloca em risco a economia regional quanto a estadual”, disse.

Segundo Conceição, a região não pode ficar presa à monocultura da pecuária de leite, responsável atualmente pela movimentação de cerca de 90% da economia local. É preciso fazer outras opções, como pela pecuária de corte e a piscicultura.

Ele Já adquiriu as fazendas de médio porte “Vale do Escondido” e “Chicago” onde cria bezerros para venda. Dependendo da raça e da idade, entre 7 a 12 meses, chega a vender um animal entre R$ 800,00 a R$ 1.000,00. A arroba da carne de vaca é comercializada a R$ 107,00 e a do boi a R$ 117,00.