Autonomia agiliza modernização da Polícia Técnica de Rondônia

Em menos de um ano, a Superintendência de Polícia Técnico Científica (Politec) conseguiu se posicionar entre os órgãos que mais evoluíram na prestação de serviços. Os convênios firmados com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), por exemplo, agilizaram providências, como a manutenção de equipamentos e qualificação de pessoal.

A Politec agrega os peritos criminais de diversas especialidades. Eles são responsáveis pelos laudos que embasam decisões judiciais.

“A independência administrativa, orçamentária e financeira foi benéfica para os cofres do estado”, disse Girlei Veloso, superintendente da Politec, apontando como exemplo o Instituto de DNA, que está equipado e logo iniciará a emissão de laudos. Até agora, o material tinha que ser encaminhado para outros centros.

A autonomia foi aprovada pela Assembleia Legislativa e sancionada pelo governador Confúcio Moura em julho do ano passado. “Os peritos merecem”, disse Veloso.

Girlei Veloso, superintendente da Politec

Com liberdade para firmar convênios, a Politec obteve recursos da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) para recuperar o Brumatógrafo Gasoso com Espectro de Massa. O equipamento com nome complicado é fundamental nos exames para determinar a presença de maconha, cocaína e álcool nos corpos.

Segundo Girlei Veloso, o brumatógrafo necessitou de manutenção e a recuperação seria mais demorada se a Polícia Técnica ainda estivesse subordinada à Polícia Civil.

Em acordo de cooperação, também firmado com a Senasp, a Politec estará interligada ao Sistema de Índice de DNA Combinado (Codis), o banco de dados de perfil genético, que reúne material coletado em todos os estados conveniados. Esta parceria vai assegurar o cruzamento de dados genéticos colhidos em Rondônia com os disponíveis no banco e ajudar a elucidar crimes com mais rapidez.

Os avanços da Politec permitem emitir laudos complexos, como a Perícia de Verificação de Locução, que atesta a autenticidade da voz em áudios gravados. Em Rondônia, há apenas dois especialistas neste campo. Um deles é Sandro Micheletti, que também é superintendente adjunto da Politec.

Sandro explicou que as análises levam em conta vários aspectos do material apresentado para exame, incluindo a qualidade do áudio. Especialista também em perícia grafotécnica, ele diz que já trabalhou com casos em que os suspeitos forjaram outros tipos de grafia para tentar burlar as análises. “Há características que permitem identificar a autoria do escrito”, disse.

Dentro de três meses, a Polícia Técnica passará a funcionar num prédio localizado na avenida Pinheiro Machado, onde estará  o Complexo de Gestão Integrada da Politec. Lá estarão reunidos os órgãos que compõem a superintendência, inclusive o Instituto de DNA Criminal.

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