Governo de Rondônia
29/11/2024

PROTEÇA DA ESPÉCIE

Ação prevê a soltura de 500 mil filhotes de tartarugas da Amazônia do Parque Estadual Corumbiara neste sábado, 11

08 de dezembro de 2021 | Governo do Estado de Rondônia

Serão soltos aproximadamente 500 mil filhotes de tartarugas em baias do rio Guaporé no Parque Estadual Corumbiara

Visando a conservação da biodiversidade, será realizada neste sábado (11) no Parque Estadual Corumbiara, a soltura de aproximadamente 500 mil filhotes de tartarugas gigantes da Amazônia (Podocnemis expansa) nas baías do rio Guaporé existente na reserva. O trabalho conduzido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) tem como proposta garantir a preservação da espécie.

Antes do filhotes ganharem às águas, a Sedam, por meio dos servidores e voluntários, dá instruções aos convidados, (autoridades e comunidade local) sobre os cuidados que devem ser observados a fim de evitar impactos sobre os filhotes.

Para o evento de soltura dos quelônios está prevista a presença da coordenadora de Gestão, Destinação e Manejo da Biodiversidade (cobio) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) de Brasília, Juliana Junqueira, do secretário da Sedam, Marcílio Leite; autoridades bolivianas, agentes ambientais voluntários; representantes do Arpa e da comunidade Laranjeiras.

REPRODUÇÃO

O período de reprodução desses animais é realizado em etapas. A primeira fase do projeto consistiu na realização de monitoramento ambiental das desovas das tartarugas, na identificação e quantificação dos ninhos. Durante esse período é redobrado o cuidado com a proteção desses animais, devido à pesca e captura ilegal. Na sequência, os locais de desova seguem monitorados até o período de eclosão dos filhotes.

Após a eclosão, geralmente no mês de novembro, a equipe da Sedam recolhe os filhotes dos ninhos e esses são depositados em tanques rede, por um período de dez a 30 dias para que percam o odor característico, que atrai os predadores. Após esse período é realizada a soltura.

“Por meio deste manejo, esperamos aumentar a taxa de sobrevivência dos quelônios, que ao nascerem são frágeis e não conseguem se alimentar ou se proteger de outros animais silvestres. Então, nosso propósito é auxiliar as tartarugas para que aprendam a comer o que vão encontrar nos rios quando forem soltos”, explicou o biólogo da CUC, Diego Rudieli Scheffer. Após este período, os filhotes e adultos migram para as águas em busca de refúgio e alimentação.

Criado em 1979 para conter a exploração econômica predatória destes animais, o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) integra o Projeto Quelônios da Amazônia, desenvolvido pela Coordenadoria de Unidades de Conservação da Sedam (CUC) na proposta de promover a conservação dos quelônios de água doce.

O  Projeto de Proteção e Manejo dos Quelônios da Amazônia (PQA), foi criado em 1979 pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e em 1990 passou por uma reformulação, sendo de responsabilidade do Centro Nacional de Quelônios da Amazônia (Cenaqua).  

Após eclosão dos ovos, os filhotes são deixados em um berçários para ganhar resistência

Na Amazônia, é possível encontrar 16 espécies de quelônios, todas dependentes de conservação. As tartarugas Podocnemis expansa são a maior espécie de quelônio de água doce da América do Sul, podendo chegar um metro de comprimento e pesar até 75 quilos.

O projeto destacado pelo Governo de Rondônia visa o repovoamento das espécies mais representativas da região e conscientizar a população sobre a importância da preservação. Em Rondônia, o PQA realiza o monitoramento de cerca de 80 quilômetros de rios, demarcando os locais de desova e recolhendo os filhotes assim que os ninhos eclodem. Para isso, existem berçários na região próxima à base do Parque Estadual Corumbiara; após esse período, os filhotes são soltos em áreas mais seguras.

Para o coordenador da CUC, Fábio França, é importante o estabelecimento de programas de manejo de longo prazo e que permitam o uso sustentável desses recursos naturais. “O Projeto Quelônios da Amazônia” existe há mais de 12 anos e o objetivo principal e a proteção e o acompanhamento, cuja preocupação tem sido garantir a reposição dos estoques naturais de tartaruga a partir do seu “habitat” natural”, destacou.

Servidores da Sedam auxiliam filhotes das tartarugas para que sejam soltos no rio


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Fonte
Texto: Jaqueline Damaceno e Montezuma Cruz
Fotos: Carol Reis e Jawer Mejia Guzman
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Ecologia, Governo, Meio Ambiente, Rondônia


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