RONDÔNIA
16 de abril de 2014 | Governo do Estado de Rondônia
A força do agronegócio com tecnologia sustentável vem gerando milhares de emprego e rendas nas áreas rurais e urbanas, com destaque para exportação de carne bovina, bem como o crescimento acentuado na produção de peixes, soja, milho, leite e café.
Em 2013, o Estado de Rondônia exportou 208.231 toneladas de carne desossada e 35 mil toneladas de miúdos para 31 países, totalizando em R$ 2,9 bilhões. Com um rebanho de 12,2 milhões de cabeças, o Estado participa com uma fatia de 20% de toda a carne exportada pelo Brasil. A estimativa do chefe do Serviço de Inspeção e Saúde Animal do Ministério da Agricultura em Rondônia, Alfério Boettcher é de que as exportações permaneçam estabilizadas no Estado.
O destaque fica por conta das exportações para o Egito; 92.696 toneladas; Honk Kong, 43.141 toneladas; Venezuela 29.181 e Rússia 13.800 toneladas. As principais plantas exportadoras em Rondônia são: Grupo JBS-Friboi; Frigon; Minerva e Marfrig. A partir de 2013, o Chile também passou a adquirir carne dos frigoríficos de Rondônia, assim como os Estados Unidos. Para 2014, há o processo de habilitação para exportação de carne para Malásia, que tem como exigência o abate HALLAL, nos moldes da inspeção islâmica (abater o animal degolado).
Os números apresentados pelo Ministério da Agricultura impressionam pela grandiosidade. Em 2013 foram abatidos 2,1 milhões de cabeças de bovinos. A estimativa do Serviço de Inspeção Federal em Rondônia é de que em 2014 sejam abatidos 200 mil bovinos a mais. Toda carne sai de Rondônia com o certificado internacional de abate (SIF).
Grandes redes de supermercados nas regiões sul, sudeste e norte do País comercializam a carne produzida nos campos de Rondônia. Picanha suculenta e costela gorda produzidas neste Estado podem ser encontradas e saboreadas sem muita dificuldade nas principais churrascarias do Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
O couro produzido e beneficiado em Rondônia atende os mercados mais exigentes e as indústrias automobilísticas, como a Ferrari, BMW, Mercedes e outras.
Segundo Alfério Boettcher “todas as exportações e aceitação da carne de Rondôniano mercado interno tornaram-se possíveis pelo excelente trabalho de defesa sanitária animal desenvolvido pelo Estado que desde 2003, quando foi declarado livre da febre aftosa pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), tornou-se referência nacional em segurança sanitária”.
Desde que conquistou o status de livre da febre aftosa, o rebanho rondoniense saltou, em uma década, de 3,94 milhões de cabeças para os atuais 12,3 milhões, com um crescimento de 190%. Rondônia ocupa o sétimo lugar entre os maiores rebanhos do País e o segundo no ranking da região norte.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigos), o produto rondoniense tornou-se o principal item de exportação do Estado, responsável por 60% do faturamento colocando-o em quarto lugar no ranking dos exportadores de carne bovina. A pecuária gera emprego e renda em todo o Estado, comemora o governador Confúcio Moura, que aposta em tecnologia no campo para duplicar o rebanho bovino nos próximos dez anos.
Acreditando na tecnologia, o empresário e pecuarista Mário Gonçalves Ferreira mantém no município de Porto Velho um rebanho de 15 mil cabeças de bovinos no regime de pasto extensivo e partiu para o sistema de confinamento. No prazo de oito meses ele terá 34 mil bois prontos para o abate, divididos em dois grupos de 17 mil cabeças, totalizando 40 mil bovinos anuais, com mais 6 mil mantidos em semi-confinamento.
Na mesma linha de raciocínio, o empresário Jaime Bagatto no município de Vilhena, sul do Estado, trabalha com o confinamento de 13 mil bois com projeto para alcançar 27 mil em 2015. Aos 36 meses, os bovinos estão prontos para o abate pesando 19 arrobas, em pé, ou seja: 570 quilos por carcaça viva.
A produção bovina e o aproveitamento da mão-de-obra nos 19 frigoríficos no Estado propiciam a geração de mais de 23 mil empregos diretos e indiretos nas áreas rurais e urbanas.
Soja conquista espaços
Com mais de 220 mil hectares de lavouras cultivadas partindo da região sul do Estado ao longo da Br-364, a produção de soja vem mantendo um crescimento anual de 20%,, alcançando na safra 2013/2014 uma colheita superior a 700 mil toneladas, conforme acentua o presidente da Associação dos Produtores de Soja de Rondônia (Aprosoja), Nadir Comiran. A produção do milho safrinha que é plantado logo após a colheita da soja deve repetir a produção do ano passado em torno de 380 mil toneladas, segundo Nadir Comiran.
A onda de crescimento da soja e milho na região deve-se aos fatores climáticos e o Know-How importado pelos produtores rurais oriundos do sul do País que descobriram terras planas e propícias para o cultivo destaslavouras. Um estudo elaborado pela Embrapa revela que existem no Estado mais de 6 milhões de hectares aptos para o cultivo de soja e milho sem que seja necessário derrubar um palmo de mata, apenas recompondo as áreas degradadas.
Para fomentar o desenvolvimento de Rondônia, os Bancos do Brasil (BB) e da Amazônia (BASA), colocaram à disposição dos produtores rurais mais de R$ 3 bilhões, o que corresponde a quase 10% do Produto Interno Bruto(PIB) do Estado, que fechou o ano de 2013 acima de R$ 22,5 bilhões. Conforme frisa o gerente de Negócios do Banco do Brasil, Rodrigo Nogueira, “isso se deve à credibilidade, ao entusiasmo e ao incentivo do governo ao setor”.
Café com leite
Na década de 1980Rondônia produziu e comercializou mais de 4 milhões de sacas de 60 quilos do café tipo conilon. No entanto, os cafezais envelheceram, os produtores perderam o estímulo pela queda nos preços do produto com as últimas colheitas, chegando a pouco mais de 900 mil sacas, com uma média de 12 sacas por hectare de lavoura cultivada.
Depois de seis anos de pesquisa, a Embrapa Rondônia concluiu estudos gerando uma espécie adequada ao clima e solo rondoniense de café clonado Brs Ouro-preto, capaz de produzir até 70 sacas por hectare de lavouras plantadas. Para o técnico da Emater-RO, Milton Messias, os produtores rurais, principalmente os pequenos que enfrentavam dificuldades com a falta de mão-de-obra e tecnologia, como irrigação, poda e cuidado na colheita, o que valoriza o produto na hora da comercialização, agora com a revitalização dos cafezais, esse quadro com o incentivo do Governo do Estado está mudando para melhor.
Com as novas clonagens e cuidados aplicados no plantio e colheita, a produção de café começa a reconquistar o espaço perdido com as primeiras lavouras apresentando resultados significativos, colhendo até 50 sacas do produto por hectare cultivado. A previsão apresentada pela Emater-RO para a safra 2013/2014 é de que venham a ser colhidas 1,7 milhões de sacas de café.
Carne, soja, café e leite puxaram no vácuo a piscicultura que saltou de 11 mil toneladas em 2011 para mais de 60 mil toneladas ano no final de 2013, consolidando o Estado de Rondônia como uma nova fronteira agrícola. A produção de leite, também não é menos significativa onde diariamente são comercializados 2,6 milhões de litros. Desta vasta produção, apenas 18% são consumidos no Estado; o restante é transformado em queijo, requeijão, mussarella e compotas que seguem para o centro-sul do País.
Os principais laticínios beneficiam e embalam os produtos que são comercializados nos estados do Acre, Roraima, Amazonas e norte de Mato Grosso. Rondônia é o 9º produtor de leite no país e o primeiro da Região Norte com sua bacia leiteira movimentando R$ 456,5 milhões por ano e beneficiando mais de 60 mil famílias no campo.
Fonte
Texto: José Luiz
Fotos: José Luiz/Ésio Mendes
Secom - Governo de Rondônia
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Agricultura, Agropecuária, Governo, Piscicultura, Rondônia