Banco do Povo leva crédito para fortalecer a economia de Cacaulândia

A pequena agência do Banco do Povo

Distante 207 quilômetros de Porto Velho, Cacaulândia é o município que sedia a 33ª agência do Banco do Povo. A inauguração aconteceu na tarde de quinta-feira (29). Três estabelecimentos comerciais foram cadastrados para aceitar pagamentos com a moeda digital social, o ‘Cacaulândia’.

Como aconteceu na manhã do mesmo dia, em Theobroma, pequenos produtores rurais e microempreendedores receberam cheques com valores que vão alavancar os negócios. O entusiasmo deles com a possibilidade de prosperar era visível. Edenilson Denis, por exemplo, disse com um enorme sorriso que vai usar o dinheiro para comercializar o que for possível. “Roupa, alumínio, qualquer coisa, o negócio é vender”, afirmou ao receber o cheque. O valor não foi revelado.

José Cleber, pequeno produtor rural, foi logo avisando: “quero é comprar umas vaquinhas para tirar leite”.

É para pessoas com este perfil que o Banco do Povo existe, na definição do governador Confúcio Moura, o último orador do evento. Confúcio deu o tom da informalidade à inauguração ao dizer que qualquer pessoa pode entrar na agência para pedir empréstimo. “O Banco do Povo como o próprio nome diz, é para o povo. Todos são bem-vindos”.

E crédito fácil e descomplicado, como o oferecido pelo Banco do Povo, faz falta a Cacaulândia. Com pouco mais de 6 mil habitantes, conforme dados do IBGE de 2015, e economia baseada na agropecuária, sente o impacto da crise nacional.

Segundo Edir Alquieri, o prefeito do município, a receita segue em queda, a folha de pagamentos é extensa e não há dinheiro para investimentos. O comércio sente o impacto. Sem dinheiro circulando, o comércio tem problemas para repor o estoque. E as compras são feitas em Ariquemes, que também fica com a receita dos impostos.

Com humildade, o prefeito admitiu que precisou pedir ao governador do Estado que socorra com obras. As contas da municipalidade estão sempre no vermelho.

Com o ‘Cacaulândia’ o comércio só tem vantagens. Como o cartão só vale dentro do município, o comércio vai melhorar, segundo Basílio Leandro, superintendente do Desenvolvimento de Rondônia.

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O município firmou pacto informal para fazer com que o Banco do Povo traga a prosperidade que todos esperam. A vereadora Neuza Aquino, presidente da Câmara Municipal, por exemplo, é a favor de que todos os funcionários façam adesão aos benefícios do banco.

O assunto chegou a ser tratado na associação comercial local. É necessário o envolvimento dos comerciantes para aderir à moeda virtual local e da população para utilizar o crédito.

Se o morador precisar de empréstimo para outras compras, tem crédito inicial de R$ 700, sem burocracia alguma. O contrato pode ser renovado quando o débito estiver sanado.

O dinheiro que chega ao pequeno empreendedor através do Banco do Povo tem origem no Fundo de Investimentos e Desenvolvimento Industrial de Rondônia (Fider) e é liberado através da Suder, a Superintendência do Desenvolvimento do Estado.

Ao final da cerimônia de inauguração, os moradores presentes apresentavam sorrisos confiantes. A situação econômica de Cacaulândia tem novas e positivas perspectivas.

Cujubim deve ser o próximo município a ter uma agência do Banco do Povo.

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