Economia criativa enfoca turismo como estratégia para o desenvolvimento de Rondônia

Júlio Olivar fez a entrega de panfletarias com destinos turísticos de Rondônia e  um trem da Estrada de Ferro Madeira Mamoré

O Superintendente de Turismo Júlio Olivar participou da palestra com Ronaldo Lemos, colunista da Folha de S.Paulo e apresentador da Globo News, na terça-feira, 21, no Teatro do Guaporé, com o tema “Economia Criativa como Estratégia de Desenvolvimento “, realizada pelo Governo de Rondônia, com o intuito de impulsionar o conceito nas modalidades existentes no estado como forma de fortalecer e projetar a imagem de uma cultura viva e consolidada.

Segundo Júlio Olivar, a economia criativa tem ligação direta com o Turismo que “vive de identidade” e que tem interface com a cultura, dentro da lógica pugnada pelo chamado “Power Soft”, sistema que implica mudanças significativas no comportamento dos setores produtivos.

A Setur tem, aliás, trabalhado neste sentido ao propor tombamentos, registros e mapeamentos de logradouros, acidentes geográficos e manifestações culturais do Estado. O palestrante afirmou que, muitas vezes, o papel do estado é mais o de “reconhecer” antes mesmo de aplicar grandes montas em recursos financeiros. “O turismo vive, sobretudo, de símbolos, mas é claro que requer investimentos para estruturá-lo”, enfatizou.

Ronaldo Lemos aposta em conceitos “pops” para o desenvolvimento de ações afirmativas e que são “facilmente absorvidas pelo grande público”, mencionando, por exemplo, a música sertaneja que “vende a imagem do Centro-Oeste brasileiro para o mundo. “O Japão criou a figura de embaixadoras Kawaii, três adolescentes que viajam o mundo vendendo a imagem do país. São coisas aparentemente infantis e simples, mas que contribuem para a imagem e os negócios”, disse. “Setores tradicionais, como a agricultura, precisam se conectar com a cultura para abrir fronteiras e fortalecer laços estratégicos”, sintetizou.

Em Rondônia, Júlio Olivar crê que pelo caráter cosmopolita do estado é possível a instituição de adidos culturais que possam “vender” melhor o estado. Personalidades como o índio Almir Suruí, por exemplo, que já chegou a fazer pronunciamentos na ONU, tem plenas condições de se afinar a este projeto. Também é preciso recorrer a ações simbólicas como criar selos de certificações de nossos produtos, criando uma identidade para sua cadeia produtiva – a exemplo do que já é feito com o peixe Pirarucu (selo foi criado pela Setur em 2015) e o café gourmet, dentre outros produtos que estão enraizados na história do estado.

Eventos culturais como o Arraial Flor do Maracujá, Procissão do Divino Espírito Santo, FestCine Amazônia, Duelo da Fronteira e outros realizados no Baixo Rio Madeira, também são lembrados pelo superintendente por terem, segundo ele, enorme potencial para serem marcas defendidas dentro e fora do estado. “Mas a maior de todas as marcas é o fato de Rondônia ser a única unidade federativa que tem o nome de um herói nacional, Marechal Rondon. O ano passado, criamos o Memorial Rondon em Porto Velho como forma de ratificar essa imagem que tem trabalhado numa série de ações da Setur”, afirma.

A palestra de Ronaldo Lemos foi prestigiada por todos os secretários e diversos servidores do Estado. À Setur competiu mobilizar o trade turístico, convidando representantes de diversas associações e entidades da iniciativa privada que compareceram à palestra motivacional. Ao final, Júlio Olivar fez questão de entregar ao palestrante a panfletaria com os destinos turísticos de Rondônia, bem como presenteá-lo com a miniatura de um trem da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, importante iconografia de Rondônia.