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02/11/2024

POLÍTICAS SOBRE DROGAS

Centro de Referência abre possibilidade de emprego para dependentes químicos em recuperação em Porto Velho

28 de julho de 2016 | Governo do Estado de Rondônia

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Ponto de apoio do Projeto Acolher é a estação rodoviária de Porto Velho

O jovem estava na droga. Amparado e medicado, enquanto deixava o vício, ingressou no curso de pintura de parede, e conseguiu se empregar. Nessa nova rotina, o Centro de Referência de Prevenção e Atenção à Dependência Química (Crepad) tenta encaminhar dependentes químicos em recuperação para preencher vagas de trabalho em empresas.

Em 2015, a rede de atenção social atendeu a 405 pessoas para tratamento clínico decorrente ou não da dependência química. De janeiro a dezembro, 4.104 receberam socorro. Exames de sífilis, HIV e hepatite C estão incluídos.

Esse é um dos retratos da recuperação de pessoas que diversificam o atendimento da Superintendência Estadual de Políticas Sobre Drogas (Sepoad). Um ano depois de assumi-la, o gestor Waldo Alves acredita que no Crepad é possível amenizar o sofrimento de pais e mães de dependentes, desde que eles recuperem a saúde e se disponham também a estudar.

O governo estadual investe, mensalmente, R$ 1,4 mil por pessoa no acolhimento em regime de residência, em seis comunidades terapêuticas credenciadas para tratamento de dependentes químicos. Nesses locais, eles podem permanecer até nove meses.

Em pontos mapeados de Porto Velho, outra equipe distribui sanduíches e o Guia de Bolso do Crepad com informes sobre comunidades terapêuticas; de atendimento psicossocial [701 em 2015]; e da abordagem domiciliar motivacional do grupo Anjos da Paz, que sensibiliza dependentes impossibilitados de ir à sede do Crepad a fazer o tratamento voluntário.

Nas ruas, as equipes também constatam a necessidade de documentos [2ª via de cédula de identidade e certidão de nascimento], oferecem auxílio para exames médicos gerais, oficinas de violão, artesanato e outros serviços.

Sete comunidades terapêuticas no estado têm, atualmente, cerca de 140 assistidos. No relatório de metas alcançadas em 2015 constam 1.887 atendimentos por grupos terapêuticos. O recorde (201) foi em agosto do ano passado.

Abre-se uma porta, veem-se jovens aprendendo música, abre-se outra, e um sorridente grupo de mulheres prepara a sopa com arroz, feijão, batatinha, legumes e temperos que será servida para moradores de rua na estação rodoviária da capital.

Documentados e educados, os jovens estão a meio caminho do emprego. Aos que têm idade a partir de 14 anos, o Crepad lhes reserva o programa Adolescente Aprendiz; e aos que inteiram 18, o mercado informal pode recebê-los.

A assistência social totalizou 880 atendimentos familiares em 2015. O atendimento psicossocial teve 701 pessoas; 22 necessitaram de serviços médicos e três foram encaminhadas à Defensoria Pública.

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Projeto Acordar incentiva atividades esportivas e de lazer no Espaço Alternativo

VISITAS DOMICILIARES

Pessoas que procuram espontaneamente o Crepad são recebidas na sede [rua Rafael Vaz e Silva 3041, bairro Liberdade, antigo Hospital Cosme e Damião] por assistentes sociais e psicólogas, e a partir de suas carências, da queixa e do sintoma apresentados, são encaminhadas para atendimento médico.

“Para pessoas resistentes ao tratamento [adolescente, adulto masculino, adulto feminino e familiar], grupos terapêuticos  fazem visitas domiciliares. Foram 191 no ano passado”, disse a coordenadora de projetos técnicos, psicóloga Carla Martins Ribeiro Mangabeira, completando que o Crepad faz até quatro visitas domiciliares de sensibilização.

Semanalmente, grupos psicoeducativos levam a reeducandos o Projeto Recomeçar. Durante um ano, nos Presídios Feminino e Vale do Guaporé, eles ouvirão palestras relacionadas ao uso de álcool e drogas. Segundo Carla, esse trabalho também incorpora agentes penitenciários.

Já o interior do estado é carente de Centros de Atenção Psicossocial (Caps). Apenas um funciona em Porto Velho, e até agora as demais prefeituras obtêm apoio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas) para aplicar políticas públicas nessa área.

GERÊNCIAS DIVERSIFICAM ATENDIMENTO

Três gerências funcionam na Sepoad: Prevenção, Tratamento e Reinserção Social.

► O Projeto Acordar para a Comunidade é itinerante. Incentiva atividades esportivas e de lazer, localiza escolinhas de futebol periféricas e grupos de dança. Leva sonorização a palcos com apresentações artísticas, lúdicas e culturais. Já atuou nos bairros Cidade Nova, Esperança da Comunidade, no Espaço Alternativo em Porto Velho e na Praça da Vitória em Ariquemes.

► Numa tenda, famílias recebem informes sobre acesso a tratamento, fazem exames de saúde e alguns testes rápidos. O Corpo de Bombeiros Militar participa.

► No projeto Papo da Hora, o protagonismo juvenil se destaca pelo trabalho de prevenção por meio de mídias sociais.

► O Projeto Acolher estabelece vínculo com a população em situação de risco. O ponto de apoio é a  rodoviária de Porto Velho, onde a equipe oferece banhos quentes, testes rápidos, corte de cabelo e barba e no fim da tarde, sopa.

► Na Gerência de Reinserção Social, o Projeto Começar de Novo capacita crianças, jovens e adultos em marcenaria. A Sepoad assumiu a marcenaria do estado. Também se dedica a identificar e buscar alunos que abandonam escolas, facilitando-lhes o retorno à sala de aula.

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Assessoria Crepad
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Agropecuária, Água, Assistência Social, Convênios, Cultura, Distritos, Economia, Edital, Educação, Empresas, Governo, Habitação, Inclusão Social, Infraestrutura, Justiça, Lazer, Legislação, Polícia, Rondônia, Saneamento, Saúde, Segurança, Serviço, Servidores, Sociedade, Solidariedade, Terceiro Setor, Trânsito, Transporte, Turismo


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