Sarau cultural promove integração entre internas da unidade socioeducativa de Porto Velho e familiares

Adolescentes da Unidade de Internação Provisória e Sentenciada Feminina de Porto Velho participaram do primeiro Sarau Cultural da unidade. O evento contou com apresentações de músicas, danças e poesias. Segundo a diretora da unidade, Eva Freitas, o objetivo do evento foi promover a integração entre as internas.

A diretora explica que elas tiveram que desenvolver habilidades de forma coletiva, e nesse momento foi trabalhado o respeito, a harmonia, a cooperação e empatia. Além disso, elas mostraram que têm boas habilidades. “Lançamos o desafio da superação para que elas pudessem ter acesso à leitura e à literatura. O mais importante foi o envolvimento de toda a equipe de socioeducadores, professores, Juizado da Infância, Ministério Público e a Defensoria Pública. Conseguimos envolver toda uma rede em prol desse protagonismo juvenil”, explicou Eva.

O evento contou com apresentações de músicas, danças e poesias

Ainda segundo ela, as famílias das adolescentes do interior foram sensibilizadas a estar no evento. “Conseguimos por meio do sarau trazer os familiares mais distantes. Algumas internas, que estavam há meses sem receber visita, tiveram a alegria de receber os familiares. O fato de a família ver a mudança no comportamento delas pode motivar para que visitem as internas com maior frequência. Sem o apoio da família, não conseguimos êxito no nosso trabalho”, afirmou.

Com 17 anos de idade, e há quatro meses na unidade, uma das internas destacou a importância de participar do evento. “Sentimos que têm pessoas que acreditam na nossa mudança. Ter a oportunidade de participar desse evento mostra a confiança que todos os servidores têm em nós”, disse. Segundo ela, o sarau foi importante para que pudessem apresentar suas habilidades, as atividades desenvolvidas dentro da unidade, entregamos várias lembrancinhas confeccionadas por nós mesmas, mostramos nossa mudança de comportamento”.

Para o integrante do Serviço Social do 1º Juizado da infância, Paulo Henrique Bezerra, é neste momento que o Juizado vê como está sendo realizado o trabalho de toda equipe da unidade com as adolescentes. “As atividades pedagógicas, como está sendo a interação das internas com as servidoras, a participação da família, esses momentos de integração. O nosso trabalho é fiscalizar a estrutura da unidade. Como está sendo feito o atendimento aos adolescentes. Com a realização dessas atividades, podemos averiguar de perto como é feita a ressocialização das internas”, disse.

A diretora da unidade finalizou dizendo que atualmente abriga 10 adolescentes na faixa etária de 13 a 17 anos. “O clima da unidade tem sido de muita paz e harmonia”, garantiu.