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17/11/2024

PANDA

Revista íntima humanizada vira rotina na Penitenciária Edvan Mariano Rosendo

12 de janeiro de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

Revista manual dos alimentos na entrada da unidade prisional

Momento da revista de alimentos e produtos de higiene na entrada do Presídio Panda

Visita diferenciada agora é rotineira na Penitenciária Estadual Edvan Mariano Rosendo (Panda), em Porto Velho, onde entram e saem 150 a duzentas pessoas, às sextas-feiras e sábados, aumentando um pouco aos domingos, porque muitos parentes dos apenados descansam do trabalho nesse dia.

Atendendo a determinação de cessação das revistas vexatórias nas unidades prisionais da Capital, a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) adotou procedimentos que, mesmo  demorados  garantem a segurança e impedem a entrada de materiais não permitidos.

Para que as visitas ocorram existe um “passo a passo” cuidadosamente cumprido. Logo ao chegar à unidade, a pessoa deve se cadastrar. Por essa exigência indispensável, agentes identificam se o visitante está apto ou não a fazer a visita. Essa aptidão é avaliada, levando em consideração algumas pautas pessoais do apenado, como o seu comportamento, se houve algum incidente por atos de indisciplina, desacato, ameaças e até mesmo brigas internas, tudo isso passa a ser analisado.

Alimentos e outros materiais passando pelo raio X

Alimentos e outros materiais passam pelo raio X

Existem algumas regras que precisam ser seguidas como a exigência da apresentação do documento completo, no caso das esposas, elas precisam apresentar a certidão de casamento ou declaração de convivência marital e um documento com foto. As vestimentas precisam ser adequadas diante ao padrão, de preferência “legging” e bata.

Como funciona

Depois do cadastro segue a prática de revistas, iniciando com a revista manual, a conhecida triagem. É nesse passo que os agentes revistam manualmente materiais que os visitantes querem levar para dentro da unidade. É onde determinam o que pode ou não entrar.

Com a primeira revista feita, o material passa pelo raio X, onde é possível ver o material internamente. Depois disso, o (a) visitante é convidado (a) a sentar-se em um detector de metal em forma de banco e, ao sentar, acusa qualquer material de metal que possa estar inserido da cintura para baixo. Passando por esse método, a visita passa por um portal, que pode detectar metal em outras partes do corpo, o que finaliza a revista.

Com todas as revistas feitas, o visitante entra na unidade e leva todo material que trouxe, em alguns casos, os parentes só querem levar as compras, optando por não avistarem o preso.

Rotina nos dias de visitas

Visitante passando pelo banco detector de metal

Visitante passa pelo banco detector de metais

Dentro da unidade são feitos diversos tipos de controle, sendo mais reforçado em dias de visitas. No Panda, as visitas ocorrem em três pavilhões. Além das visitas comuns acontecem também visitas íntimas, com duração de uma hora. Dezenove quartos ficam à disposição dos casais.

De acordo com o chefe do setor de visitas, Airton da Silva, a movimentação nesses dias é muito grande, consequentemente isso causava alguma demora no atendimento, e com isso foi adotado novo procedimento “para reduzir o tempo de espera do visitante”

“Ainda na fila de espera, retira-se uma via do comprovante do visitante e do visitado e, antecipado para o setor carcerário. Isso proporciona ao visitante uma espera menos demorada, porque quando chegar ao setor de visitação, o apenado já estará aguardando”, relata.

Segundo Ali Alves, 40 anos, mulher de um reeducando da unidade, o dia da visita é o mais esperado. “Para eles, hoje é um dia especial, eles ficam a semana toda esperando, as visitas é uma forma diminuir a saudade”, comenta.

Visitantes e apenados se encontram

Visitantes entram para o encontro semanal

Para Cristiane Pereira, 32 anos, existem alguns pontos positivos e negativos que precisam ser melhorados. “A suspensão da revista íntima, onde tínhamos que nos expor em um espelho, foi uma grande melhoria, porque era muito humilhante, agora em relação à demora do atendimento até chegar lá dentro, ainda é um problema”, comenta.

Leia Rodrigues, 49, é mãe de um apenado, e acredita que ainda pode melhorar muito em relação ás visitas. “O que eu vejo é que eles deviam exigir mais, por conta de algumas mulheres que não obedecem ao padrão de vestimentas, eles tinham que ficar mais em cima, e fora que poderiam ver com mais carinho algumas exigências relacionadas à alimentação”, finaliza.


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Fonte
Texto: Larissa Lopes - Assessoria Sejus
Fotos: Celene Gomes - Assessoria Sejus
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Justiça, Segurança, Solidariedade


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