Projeto leva prática do Slack line para dentro de unidade socioeducativa em Porto Velho

Adolescentes da Unidade Masculina Provisória de Porto Velho participaram nesta terça-feira (17) de uma tarde esportiva com a prática do Slack Line. A atividade faz parte do projeto “Conselho Amigo”, criado em parceria com acadêmicos e professores da Universidade Federal de Rondônia (Unir), Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), diretores do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-Ad), Centro de Atenção Psicossocial Infantil Juvenil (Caps I) e Sócios Educadores.

Segundo José Júnior de Souza, reeducando e acadêmico da Unir, a metodologia do projeto consiste na prática de várias atividades, aulas de terapia, seção de cinema, prática de esportes e dinâmicas. O projeto conta com o apoio da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas (Vepema), e do Juizado da Infância e do Adolescente. “O objetivo é ocupar os adolescentes com atividades diferenciadas afastando-os do mundo do crime e das drogas”, ressaltou José.

Para a psicopedagoga Maria da Glória, é de suma importância participar deste projeto. “Sinto-me feliz em trabalhar com um um grupo de pessoas que são discriminados, marginalizados e rejeitados pela sociedade. Enquanto mãe e educadora, meu pensamento é que temos que ter cuidado com eles, eu acredito no ser humano e creio profundamente na mudança desses meninos,” afirmou.

De acordo com o instrutor de Slack Line, Kenny Dutra, é um esporte de equilíbrio sobre uma fita elástica esticada entre dois pontos fixos, o que permite ao praticante andar e fazer manobras por cima. ”O slack line proporciona equilíbrio físico e mental e ajuda na concentração dos estudos e outras atividades”, disse.

O diretor da Unidade, Alexandro Geber, ressalta que as atividades do projeto fomentam a paz dentro da unidade. “Prezamos muito pela paz aqui dentro, os adolescentes gostam e se divertem. Esses tipos de atividades motivam a interação entre os adolescentes e os sócios educadores. Para que eles tenham a prática contínua do esporte vamos comprar o material e adequar o espaço para a prática do slack line”, disse.

Para um dos internos que está há oito dias na unidade,  a atividade deveria acontecer com mais frequência. “É muito bom, ocupa a minha mente, me sinto melhor, menos estressado. Hoje meu pensamento está diferente, quero sair dessa vida e trabalhar. Acredito que a prática de esportes podem me ajudar a tirar da cabeça os pensamentos ruins”, afirmou.