Projeto de proteção e sustentabilidade do bioma amazônico é assinado pela GEF

 O compromisso do governo federal de reduzir o desmatamento ilegal e restaurar até 12 milhões de hectares de florestas até o ano de 2030 teve o apoio nesta terça-feira (19) da Global Environment Facility (GEF). Foi assinado junto ao ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o Projeto Paisagens da Amazônia, no qual libera uma subvenção de U$ 60 milhões, que equivale a quase 200 milhões de reais, no intuito de aumentar a área florestal sob proteção, restauração e manejo sustentável na Amazônia brasileira.

O Projeto Paisagens Sustentáveis segue os objetivos da GEF de melhorar a sustentabilidade dos sistemas de áreas protegidas, reduzir as ameaças à biodiversidade, recuperar áreas degradadas e aumentar o estoque de carbono. Além disso, o projeto promoverá a gestão integrada de paisagens no entorno das Unidades de Conservação da Amazônia, e a implementação de políticas e planos voltados à proteção e recuperação da vegetação nativa, como o CAR e o PLANAVEG.

O mninistro Sarney Filho ressaltou que a agenda da sustentabilidade é um desafio constante de sua pasta, para ele o apoio dos Estados, do governo federal e da sociedade civil, tem sido o diferencial para que a pasta avance. “ Embora ainda haja resistências para o desenvolvimento sustentável da Amazônia, o ribeirinho sabe que precisa cuidar das margens, o extrativista do mangue, precisa cuidar do mangue, eles enxergam a importância da floresta em pé”, disse.

O documento contempla a preservação de 63 milhões de hectares pelo Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) que além da criação de novas áreas vai evidenciar, a consolidação das já existentes no âmbito do ARPA. Serão implementados ainda, mecanismos de suporte à sustentabilidade financeira de longo prazo do sistema de áreas protegidas da Amazônia Brasileira.

No Projeto haverá a cooperação regional com o Peru e a Colômbia, países que assim como o Brasil que integram a estrutura do Programa de Impacto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, e preparam projetos nacionais semelhantes. O Programa de Impacto, em sua totalidade, soma mais de 120 milhões de dólares, quase 400 milhões de reais e segundo o plano contribuirá de forma significativa para os benefícios ambientais globais, bem como, melhoria da gestão em 73 milhões de hectares de áreas protegidas, manejo sustentável da paisagem em 52 mil hectares. A estimativa é reduzir em 300 milhões de toneladas de emissões de CO2.

A governança do projeto será do Banco Mundial, como agência implementadora do GEF, e o Funbio, Conservação Internacional Brasil, como agências executoras do Projeto. Como haverá transferência de recursos, o acordo de Doação é assinado entre o Banco Mundial e as instituições designadas como mandatárias executoras da União no Projeto.

O bioma amazônico está presente em nove países, com 60% da floresta tropical situada no norte do Brasil. A Amazônia cobre mais de 4 milhões de quilômetros quadrados. Segundo dados da Global Environment Facility, suas florestas influenciam significativamente o clima regional e global e sequestram cerca de 70 bilhões de toneladas de carbono. Cerca de 33 milhões de pessoas habitam a área da bacia amazônica e tiram seu sustento de rios e afluentes, incluindo importantes recursos pesqueiros.

Além do ministro do Sarney Filho, também assinaram o termo, o superintendente do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), Manoel Serrão e o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Cruz. A superintendente de Integração do Estado de Rondônia em Brasília (Sibra), Elizete Lionel representou o Estado de Rondônia na solenidade.