Buracão antigo no bairro Floresta em Porto Velho começa a ser eliminado

Diretor-executivo do DER, Rodrigo Viana, e o coordenador das obras, Ozeas Oliveira, vistoriam os trabalhos

Um enorme buraco com cerca 70 metros de extensão e aproximadamente 30 metros de profundidade faz parte, negativamente, da história da rua Açaí, no bairro Floresta, zona Sul de Porto Velho. O local que um dia foi um igarapé e também servia como lavatório de roupas das moradoras locais no período da estiagem, transformou-se num córrego profundo e perigoso onde já foram avistados jacarés e cobras.

Uma parceria entre o governo do estado e a prefeitura vai acabar com este problema que dificulta, principalmente, o acesso às escolas João Bento da Costa e Jesus Burlamarqui. Os trabalhos para eliminar o imenso buraco no meio da rua já foram iniciados.

O Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes (DER) executa a obra e todo o material, inclusive os bueiros são da prefeitura. A cratera impede a interligação da avenida Jatuarana com a rua Três e Meio. No local será implantada uma linha de 46 metros (extensão) de bueiros com o diâmetro de três metros.

O diretor-executivo do DER, Rodrigo Viana, disse que o compromisso para a execução desse serviço foi firmado ainda em 2014, pelo governador Confúcio Moura, no entanto, o maquinário do órgão era utilizado no asfaltamento da Rua da Beira e agora está liberado.

O prefeito Mauro Nazif destacou que toda parceria em prol da população é bem-vinda. Disse que trabalhos conjuntos entre governo e prefeitura serão cada vez mais comum em Porto Velho.

Morador relata promessas antigas

Luzivaldo Maciel mora há 27 anos na margem do córrego

Poucas pessoas conhecem de perto o problema desse córrego como o senhor Luzivaldo Freire Maciel, 62. Ele mora na margem da cratera há quase três décadas. Disse que o maior problema de sua família é que o buraco está entre sua residência e a escola Jesus Burlamaqui, onde sempre estudaram e estudam seus filhos.

“As crianças sempre percorreram um trajeto de quase dois quilômetros para irem à escola. Se não existisse esse buraco, o trajeto seria no máximo de 600 metros”, afirma Luzivaldo Maciel, que passou a manhã de hoje acompanhando os trabalhos do DER para implantar os bueiros.

O mesmo problema enfrentam os estudantes da escola João Bento da Costa que moram do outro lado do córrego. Luzivaldo conta que há cerca de 10 anos construiu uma pequena ponte de madeira, mas a água levou e o morador desistiu de fazer outra.

Luzivaldo conta que mora no local há 27 anos e que ouviu promessas durante todo esse tempo de que o problema seria resolvido, mas nunca houve solução. Ele diz que agora acredita na obra porque as máquinas estão trabalhando.