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23/11/2024

BINACIONAL

Forças da segurança brasileira estreitam parceria com a Bolívia para combater crimes na fronteira

13 de junho de 2018 | Governo do Estado de Rondônia

Estudo do Exército Brasileiro apresentado no Diálogos de Fronteira mostra que a fronteira brasileira é cinco vezes maior que a linha divisória entre Estados Unidos e México

 

A repressão de crimes, como contrabando, garimpo ilegal, desmatamento e, principalmente, o narcotráfico, que assolam a população da faixa de fronteira, em especial entre Brasil e Bolívia, foi um dos temas discutidos durante o primeiro dia do  Encontro Diálogo de Fronteira Rondônia – Beni e Pando, que acontece no Rondon Palace Hotel até esta quarta-feira (13).

A faixa de fronteira brasileira corresponde a 16.886 quilômetros, engloba 588 municípios de 11 estados da federação e faz divisa com dez países. Rondônia faz fronteira com a Bolívia, numa extensão de 1. 342 quilômetros, distância equivalente a ida e volta de Porto Velho a Vilhena. Foi pensando em combater os delitos transfronteiriços e nacionais que a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) participa do diálogo binacional para discutir sobre segurança, monitoramento e vigilância nas fronteiras.

 

Primeiro dia do evento Diálogos de Fronteira contou com a presença de várias autoridades.

O garimpo ilegal é uma problemática enfrentada pelas forças de segurança. O gerente de Integração de Segurança e Fronteira da Sesdec, coronel PM Alexandre Luiz de Freitas Almeida, que palestra sobre o tema, conta que durante operações de apreensão e recolhimento de balsa o agente deve colocar no documento de apreensão o nome do dono da balsa como fiel depositário para o estado não ter a responsabilidade de dar manutenção.

A proporção de desmatamento que ocorre hoje nas fronteiras é de 7000 km² ano. O aceitável é 3.900 km². O principal motivo da derrubada de árvores da Amazônia é a receptividade do produto em todo o mundo.  A outra situação é a criação de bovinos. O gado nacional ocupa 46% das terras na Amazônia. Entre oito a dez anos o solo enfraquece com o uso, e os donos dos animais invadem áreas de proteção ambiental.

A extração ilegal de ouro e diamante é considerada uma moeda de troca que não se desvaloriza. Fácil de esconder, a corrida pelo ouro tem contribuído para o desmatamento e desbarrancamento. Os produtos utilizados no garimpo têm matado a fauna e a flora.

Estudos do Exército Brasileiro apresentados no Diálogos de Fronteira mostram que a fronteira brasileira é cinco vezes maior que a linha divisória entre Estados Unidos e México.  “O tráfico de drogas deve ser combatido com patrulhamento aéreo, monitorado por câmeras de vigilância, internet, utilização de drones e, acima de tudo, estratégia e inteligência, pois somente o homem não conseguirá cobrir toda a extensão de nossas fronteiras,” pontuou Almeida.

O cônsul da Bolívia, José Alexandre Gusmão, disse que o encontro Diálogos de Fronteira serve para buscar alternativas que solucionem o problema do narcotráfico, imigração ilegal, extração de madeiras, tráfico de animais silvestres e de pessoas e até  a criação de pista clandestina de pouso que coloca em risco as aeronaves regulamentadas. “É necessário socializar as pessoas e ao mesmo tempo fornecer emprego, porque está escasso, e essa tem sido uma das justificativas para a criminalidade realizada nas fronteiras”, reforçou.

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Fonte
Texto: Léia Castro
Fotos: Cel.: PM Almeida/Márcia Martins
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Governo, Polícia, Rondônia, Segurança, Serviço, Sociedade


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