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22/11/2024

RESSOCIALIZAÇÃO

Fazenda Futuro revitaliza áreas de plantio, conclui jardim clonal de cacau e prepara enxertos em Porto Velho

13 de março de 2018 | Governo do Estado de Rondônia

O técnico agrícola Josciney Viana mostra cacaueiro para clonagem, doado pela Ceplac em Porto Velho

 

Ao lado do cacau para enxertia, vicejam 300 tubetes de pimenta de cheiro e 500 pés de camucamu, também conhecido por açari ou araçá-d’água, árvore frutífera da Amazônia. Ambos serão distribuídos em feiras livres de Porto Velho.

Para ampliar e revitalizar áreas, a coordenadoria do projeto agrícola da Fazenda Futuro (309 hectares), ao lado da antiga Colônia Penal Ênio Pinheiro, aguarda o transporte de 35 toneladas de calcário desde a usina da Companhia de Mineração (CMR), em Espigão do Oeste, a 542 quilômetros da capital.

“A adubação e a correção do solo dependem de recursos próprios do programa”, adianta o técnico agrícola da Emater Josciney Viana. Segundo ele, a renda é obtida coma a venda de produtos a feirantes.

Cinco anos depois de instalada ao lado da antiga Colônia Penal Ênio Pinheiro em terras doadas pela União, a fazenda é administrada pela Secretaria Estadual Justiça, com perspectiva de ressocialização incentivada pelo governador Confúcio Moura.

Além da CMR, Emater e Departamento de Estradas de Rodagem, a Secretaria Municipal de Agricultura de Porto Velho e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) também colaboram com o projeto.

Reeducandos trabalham na recuperação de áreas de plantio

Josciney e o coordenador administrativo, tenente PM Bianor Miranda, mostram o atual momento do projeto: 360 mudas de mamão papaia se desenvolvem muito bem, a área de macaxeira dobrou de cinco ha para 10 ha e a farinheira própria deverá ser construída neste semestre.

Com o plantio de 30 mil novos pés, a área com abacaxis aumenta de 51 mil pés, renovando-se na segunda safra.

Com mudas doadas pela Fazenda Bem-te-vi, na BR-364, os reeducandos formaram um hectare de banana prata e maçã resistentes aos males de Sigatoga (amarela e negra) e do Panamá.

Em meio hectare crescem 300 pés de maracujá, outros 1,5 mil de açaí e mil de pupunha em crescimento produzirão frutos no início de 2019. O viveiro de inhame tem 250 pés para multiplicação dentro de um mês.

No laranjal, a colheita de 2017 rendeu 60 caixas. O viveiro de piscicultura (dois tanques com 100 mil litros cada) está no cronograma das obras, devendo receber nos próximos dias 500 exemplares de pirarucu e de tambaqui. Foram construídos com pneus ecológicos, PVC e lonas de vinil.

Josciney estima a produção de 7,5 toneladas de peixes até o próximo ano, tomando-se por base o peso médio de 12 a 15 quilos cada um.

Depois da produção de mudas de castanha, a nova “menina dos olhos” é o jardim clonal com banana e cacau para enxertia. Sete municípios receberam aproximadamente 30 mil mudas de castanha. O Inpa colaborou com o projeto cafeeiro, doando mil mudas de matrizes clonais para multiplicação.

Segundo Josciney, seis mil mudas de cacau doadas pela Ceplac estão prontas para a enxertia, trabalho a ser feito por 15 dos 76 reeducandos atualmente envolvidos com o projeto. Outros 16 farão curso de retroescavadeira.

“As pessoas perguntam por que não temos mais reeducandos remindo pena aqui, e nós explicamos que só trabalham no projeto aqueles que têm afinidade com os serviços”, explica Bianor Miranda.

Bianor Miranda mostra banana livre de doença

Famílias de reeducandos que trabalham na fazenda recebem ajuda mensal de um salário mínimo (R$ 937), do Fundo Penitenciário Estadual.

“Olhe, alguns deles quando vão embora, com tornozeleiras, pedem para voltar, porque a fazenda dá oportunidade de renda”, comenta o tenente.

Ainda chove regularmente, o que propicia a renovação de hortaliças, e dentro de um mês ficam prontas quatro estufas de hidroponia [cultivo de plantas sem solo, onde as raízes recebem solução nutritiva balanceada que contém água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta].

Quatro galpões medindo quatro x 25m cada um terão canteiros hidropônicos de alface, coentro e rúcula. Dois poços artesianos darão suporte aos tanques com peixes e a administração amplia as instalações elétricas viveiros e novas áreas de plantio.

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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Jeferson Mota
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Agricultura, Assistência Social, Capacitação, Economia, Governo, Inclusão Social, Justiça, Piscicultura, Rondônia


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