Agentes penitenciários participam de oficina de sensibilização sobre dependência química nas unidades prisionais

Cerca de 80 agentes penitenciários das unidades do Centro de Ressocialização Vale do Guaporé e Penitenciária Estadual Feminina participaram, nessa quarta (3) e quinta-feira (4), da “Oficina de Sensibilização Sobre o uso Indevido e Dependência de Álcool e outras Drogas”, realizada no auditório do Palácio Getúlio Vargas pela Superintendência Estadual de Políticas sobre Drogas (Sepoad).

Agentes penitenciários foram capacitados durante dois pela equipe da Sepoad

A oficina faz parte do “Projeto Recomeçar”, que vem desenvolvendo estratégias de atenção às pessoas privadas de liberdade, usuárias ou dependentes de álcool e outras drogas, dentro do sistema prisional de Porto Velho. O trabalho atende, a principio, a essas duas unidades da Capital.

De acordo com a coordenadora, a psicóloga Dionéia Marinho, o programa visa a promoção e a garantia de acesso aos serviços de rede socioassistencial, de saúde e a atenção aos servidores da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), agentes penitenciários e equipe de saúde das unidades prisionais.

O projeto é focado nos apenados que são dependentes de drogas. O objetivo da oficina é sensibilizar os agentes penitenciários sobre a dependência química, considerada uma doença, e orientá-los sobre a rede de acompanhamento e tratamento que atua por meio do Centro de Referência de Prevenção e Atenção à Dependência Química (Crepad).

O Crepad é uma unidade de referência implantada pela Sepoad que tem como proposta garantir que o paciente acesse a rede de serviços, seja acolhido e tenha a motivação necessária para permanecer em tratamento. Proporciona, ainda, apoio, orientação e informação aos familiares, através de escuta individual e grupos de mútua ajuda.

“O apenado fica no sistema prisional até cumprir sua pena. Depois ele retorna ao convívio da sociedade. Através do Projeto Recomeçar, queremos garantir que ele volte sem a doença ou, se necessário, continue o tratamento para sair desse problema que atinge toda a sociedade”, destacou Dionéia Marinho.

Durante a oficina, os agentes penitenciários participaram de palestras ministradas por uma equipe composta de médico, psicólogo, enfermeiro e assistente social, sobre temas como, critérios diagnósticos da dependência química, codependência, terapia medicamentosa, rede de atenção psicossocial e estratégia de reinserção social.