Embaixadores debatem desenvolvimento regional com governadores da Amazônia Legal

Duas reuniões na capital federal, reuniram quatro embaixadores de países europeus e nove representantes dos estados amazônicos, que discutiram soluções e oportunidades de desenvolvimento da região concomitante à preservação ambiental.

O primeiro encontro foi pela manhã, na embaixada da Noruega e foi sugerida pelos embaixadores da Alemanhã, Gerog Witschel, Reino Unido, Vijay Rangarajan e pelo anfitrião norueguês Nils Martin Gunneng. Na ocasião, os governadores ou vices do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins encaminharam um documento com a síntese das necessidades públicas locais.

O governador do Amapá Waldez Góes explicou que o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, possui um alinhamento entre os entes partícipes. “Temos estratégias comuns de acordo com as peculiaridades de cada estado”, afirmou.

O material foi amplamente discutido durante mais de três horas e apontou três ações que devem alavancar o desenvolvimento amazônico: a regularização fundiária, Cadastro Ambiental Rural (CAR) e o zoneamento ecológico econômico, que é o planejamento do uso eficiente do solo com gestão ambiental.

O vice-governador de Rondônia, José Jodan, enumerou medidas que estão sendo tomadas pelo estado no intuito de minimizar o desmatamento e suas consequências ambientais. “Há um pensamento de que o produtor tem sido causador das queimadas e do desmatamento, porém o que se vê em Rondônia, na grande maioria, são incêndios que iniciam na beira da estrada e no limite das propriedades”, definiu.

Jodan ainda sugeriu que o alvo, a médio e longo prazo, para redução das queimadas e desmatamento ilegal deve ser o conhecimento e a educação da população que vive nas áreas. Segundo ele, somente com o entendimento dos riscos da degradação ambiental, os crimes podem diminuir.

Os governadores propuseram reunir-se na próxima semana para discutir o tema do meio ambiente e o fortalecimento dos investimentos internacionais na Amazônia Legal, mesmo que seja por vídeo conferência. Para eles os recursos será mais efetivo se forem encaminhados diretamente ao consórcio, de modo a diminuir as burocracias e com o mesmo controle da gestão deste fundo.

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