Espetáculo teatral é realizado em unidade prisional feminina de Porto Velho

As atividades culturais dentro do sistema prisional contribuem significativamente para a redução da reincidência criminal

Com o objetivo de utilizar a arte como ferramenta de ressocialização e reconstrução da cidadania, o governo de Rondônia realizou, no dia 25 de setembro, uma apresentação teatral para as internas da Penitenciária Estadual Feminina Suely Maria Mendonça, em Porto Velho. A ação faz parte de um projeto cultural em turnê pela Região Norte do país, que promove discussões sobre temas sociais, por meio da linguagem cênica.

A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), por meio da Gerência de Reinserção Social (Geres) que vem promovendo atividades culturais e educativas dentro das unidades prisionais como forma de contribuir para a reintegração social das pessoas privadas de liberdade. A peça foi exibida em duas sessões, contemplando cerca de 56 internas. O espetáculo apresentado foi “Tabule – Uma Libanesa na Amazônia”, realizado pela Associação Cultural Peripécias, por meio da Lei Rouanet Norte.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a iniciativa representa um passo para ressocialização e contribui diretamente para a redução dos índices de reincidência criminal.

CIDADANIA

A narrativa da peça acompanha a história de Zahara, uma muçulmana refugiada que encontra abrigo no Brasil, em meio à Amazônia. Em tom de comédia, o espetáculo aborda com sensibilidade temas densos como deslocamento forçado, identidade cultural e pertencimento.

As atividades culturais dentro do sistema prisional contribuem significativamente para a redução da reincidência criminal. Ao estimular a expressão artística, o senso crítico e a empatia, projetos como este atuam na reintegração social. Essas ações estão alinhadas à Lei de Execução Penal (Lei nº 7.210/1984), que prevê a oferta de atividades educativas, culturais e profissionais como parte do processo de reintegração.

O secretário da Sejus, Marcus Rito, ressaltou que políticas públicas de reintegração são fundamentais para fortalecer um sistema prisional mais seguro e eficiente. “A cultura e a educação dentro das unidades contribuem para a recuperação da dignidade das pessoas privadas de liberdade e, consequentemente, para a segurança de toda a sociedade.”

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