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23/11/2024

SEGURANÇA PÚBLICA

Policiais militares destacam trabalho da Patrulha Escolar, em Porto Velho

16 de abril de 2015 | Governo do Estado de Rondônia

MATÉRIA PATRULHA ESCOLAR EM 16.04.15 FOTOS ADMILSON  KNIGHTZ  (28)

Cinco equipes do 1º BPM se revezam com 15 policiais; comando quer pelo menos mais seis

Como desarmar um aluno com faca na mochila escolar, sem recorrer à força? Isso já foi possível, graças à atuação da Patrulha Escolar criada por decreto no ano passado e cuja eficácia não se mede pelo número de ocorrências, mas pelo modo de atuação, que une respeito e psicologia à tecnologia de comunicação.

Um aplicativo une policiais, pais de alunos e associações de pais e mestres, e a abordagem é feita com o máximo de cautela para não causar constrangimentos. “Telefones celulares, um dos quais funcionando na viatura, facilitam o acesso de diretores ao nosso serviço, evitando que liguem diretamente ao Centro Integrado de Operações (CIOP, fone 190), e com isso o tempo de resposta à ocorrência é mais rápido”, explica o comandante da patrulha, subtenente Raimundo Soares Nascimento.

A patrulha atendeu a 44 ocorrências de setembro a dezembro do ano passado, quando iniciou as atividades, e 20, entre janeiro e a primeira quinzena de abril de 2015: posse e tráfico de entorpecentes (2), roubos (3), porte ilegal de arma (1), furtos (3), ameaças (2), lesão corporal (2), recaptura de foragido (1), tentativa de roubo (1), comunicação (1) e documento encontrado (10).

Integrantes da reserva remunerada conhecidos por RRs foram convocados para voltar ao trabalho para servir à mais nova patrulha policial, cujo objetivo maior é guarnecer os atuais 56 estabelecimentos, impedindo o flagelo da droga. Um dos mais conhecidos policiais já se incorporou à atividade: o segundo sargento PM José Jorge Dirane Barbosa, notável nos anos 1980 por ser o único de Rondônia a ser convocado para a seleção brasileira de handebol.

A Coordenadoria de Polícia Comunitária do 1º Batalhão da Polícia Militar da capital abrange 56 escolas, das quais, 26 na zona Norte e 30 na zona Sul da capital. Às vezes comparece a outros locais, a exemplo do que aconteceu no final de março, numa loja, onde um menino de 1 ano e meio fora abandonado e quase parou nas mãos de um raptor.

Com recursos transferidos pelo juiz de direito titular da Vara de Execuções de Penas e Medidas Alternativas, Sérgio William Domingues Teixeira, foi possível manter o projeto de judô Sou mais que um vencedor, atualmente contemplando 180 alunos, incluindo filhos de policiais na Escola Jesus Bularmarqui Hosannah, no bairro Areal.

ABORDAGEM RESPEITOSA

Quinze policiais em cinco guarnições trabalham diariamente das 7h30 às 23h30.

Entre 17h30 e 19h a abordagem concentra-se nas praças Aluízio Ferreira, Caixas-d’água e Madeira-Mamoré, Cedel da Rua Três e Meio e Cedel da rua Jatuarana. Todas elas são visitadas diariamente por “aviões” do tráfico de drogas.

Um dos PMs que voltou a trabalhar depois de ir para a reserva em 2009, o sargento Izaías Lima da Silva, 48 anos, três filhos, gosta do trabalho: “Eu me sinto um privilegiado, porque estou fazendo um trabalho diferente”. Seu colega, soldado Douglas, 39 anos, três filhos, o elogia: “Ele tem olho biônico, sempre enxerga o malfeito”.

Para a cabo Jocely, o método usado pelas equipes faz a diferença nesse trabalho. “Falamos com alunos energicamente, mas com respeito”.

Segundo relata, recentemente três jovens armados rondavam a Escola Capitão Cláudio Manoel Costa (bairro Conceição, zona Sul), foram abordados e se surpreenderam com a patrulha. “Nós os desarmamos e conversamos sem impor nenhum constrangimento. Um deles, com passagem por delegacia, agradeceu, dizendo que anteriormente nunca havia sido tratado assim”, ela conta.

“Polícia comunitária não é uma revolução, mas uma evolução da polícia”, é o slogan que a patrulha difunde e busca alcançar, às vésperas de assinar novos convênios com as secretarias estadual e municipal de educação.

Patrulha está sempre na região onde há escolas

Patrulha está sempre na região onde há escolas

Sucessivas reuniões com pais e palestras educativas, especialmente contra o uso de drogas, já fazem parte da rotina de trabalho. A campanha Diga não ao crack faz parte desse dia a dia e inspira o concurso de redação. “A droga prolifera por toda a parte, preocupando desde as escolas da capital aos distritos, e a consequência disso é o aumento da violência”, lamenta o subtenente.

O concurso de redação e a distribuição de cem mil exemplares da Turma da Mônica (Maurício de Souza Editora) com “Uma história que precisa ter fim” levam novo alento às escolas de Porto Velho. Os quadrinhos mostram atitudes corajosas de alunos, quando assediados por traficantes de drogas. As 30 melhores redações receberão notebooks, bicicletas, celulares, relógios, canetas e camisetas.

Recursos extraordinários destinados à patrulha são gerenciados pelo Fundo Especial de Modernização e Reaparelhamento da PM (Funrespom). As palestras nas escolas alertam quanto ao perigo das drogas, divulgam orientações para prevenção e para o tratamento de dependentes químicos, e o risco do envolvimento do dependente com a criminalidade.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Admilson Knightz
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Assistência Social, Capacitação, Convênios, Educação, Esporte, Governo, Inclusão Social, Infraestrutura, Legislação, Meio Ambiente, Polícia, Rondônia, Segurança, Servidores, Sociedade, Solidariedade


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