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19/12/2024

PERSONALIDADE

História de Rondônia: conheça o médico Ary Pinheiro, que atendia pacientes em casa, não cobrava consultas e recebia carne de caça como gratidão

05 de novembro de 2018 | Governo do Estado de Rondônia

Ary Pinheiro: legenda amazônica, orgulho da medicina e do povo de Rondônia

 

Paraense de Bragança, o médico Ary Tupinambá Penna Pinheiro era também um brincalhão.

– O boto veio do Polo Norte – ele dizia sério.
– Eu consultava diversas publicações, não encontrava nenhuma prova da veracidade e só fui descobrir quando fiquei moça – conta a filha única, escritora, acadêmica de letras e historiadora Yêdda Pinheiro Borzacov.

Ary deu de presente a Yêdda a coleção de livros do escritor Monteiro Lobato, como prêmio por ela beber corretamente remédios contra o sarampo. “Meus cabelos caíram, mas eu li um tanto, e gostei”, ela lembra.

Bacharel em Ciências Físicas e Naturais, recém-formado pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, o mais lendário médico de Rondônia chegou a Porto Velho em 12 de maio de 1937. Por mais de meio século foi o médico cirurgião que mais operava.

O ex-governador Jorge Teixeira Oliveira homenageou-o, dando seu nome ao Hospital de Base, o maior da Amazônia, inaugurado em 12 de janeiro de 1983.

VÍTIMAS DA FEBRE

Duas décadas antes de sua chegada, médicos norte-americanos no antigo Hospital da Candelária, [inaugurado em 1907] socorriam vítimas da construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, e de doenças endêmicas, entre as quais, impaludismo, febre amarela e malária.

Falava eloquentemente a respeito do trem e da Linha Telegráfica Mato grosso-Amazonas, oferecendo nítida visão dos acontecimentos ocorridos durante a construção de cada uma dessas obras.

“Conhecia, porque muito lhe foi transmitido por antigos trabalhadores da linha de ferro ou pelos guarda-fios e servidores da linha telegráfica”, conta o ex-seringalista, historiador e diretor do extinto jornal O Guaporé, Emanuel Pontes Pinto, em caderno cultural nos anos 1980.

A sina desses profissionais era dolorosa em julho de 1910, quando o sanitarista Oswaldo Cruz visitava a vila de Santo Antônio do Rio Madeira: dos 11 médicos fixos, três faleceram vítimas de moléstias, outro adoeceu aqui e foi morrer nos Estados Unidos.

Em Guajará-Mirim, na fronteira brasileira com a Bolívia, a 366 quilômetros de Porto Velho, o médico pioneiro Américo Cassara muito auxiliou Ary na rotina de trabalho para a EFMM, cujo diretor, Aluízio Pinheiro Ferreira, também nascido em Bragança (PA), o chamava de “homem do coração de ouro”.

NO SERINGAL

Para não se entregarem aos legalistas, após o fracasso da Revolução de 1924 (*) no Amazonas, alguns revolucionários internaram-se na região do Vale do Rio Madeira. Já o segundo-tenente Aluísio Ferreira fugiu para o Vale do Rio Guaporé, encontrando guarida no Seringal Laranjeira, de Cassara.

O seringal era a base para muitas incursões à floresta povoada por índios e seringueiros. Ali, o tenente trabalhou durante algum tempo na coleta da seringa e na administração do barracão. Estudou os indígenas regionais, notadamente os Makurape da região entre o rio Corumbiara e Branco. Em 1928 apresentou-se às autoridades militares de Belém onde ficou preso por sete meses, sendo julgado e absolvido.

Escritora Yêdda Pinheiro Borzacov, com o bule de porcelana inglesa, herdado de Ary

“Papai não sabia nadar e tinha pavor de candirus, mas fez muitas cirurgias para salvar pessoas atacadas”, lembra Yêdda.

O candiru amazônico [ou peixe-vampiro], com sete a oito centímetros de comprimento, é de água doce e pertence ao grupo comumente denominado peixe-gato.

Entre os nativos ele é mais temido do que piranhas, porque penetra pela uretra de banhistas desavisados.

No Brasil do século passado, médicos andavam a cavalo, carregando maletinhas com aparelhos, estojos de injeção e remédios. As relações com pacientes eram também amistosas no extinto Guaporé, conta o médico Viriato Moura, diretor-presidente do Hospital Central.

ARES NATIVOS NA CASA DA D. PEDRO II

“O Dr. Ary atuava como cirurgião na rede pública, com limitados salários, e também atendia a todos que o procuravam em sua residência, sem cobrar. Foi por isso homenageado em 1967: o que mais operava gratuitamente”, lembra Viriato.

Quase todas as tardes, entre o final dos anos 1970 e início da década de 1980, ele reunia amigos médicos, e intelectuais no jardim com orquídeas, samambaias e antúrios de sua casa de alvenaria decorada no estilo desse estudioso de antropologia, botânica e zoologia, na Rua D. Pedro II, esquina com Euclides da Cunha, atrás das Caixas-d’Água construídas por engenheiros ingleses.

“Geralmente, em troca de seus atendimentos médicos, em vez de dinheiro, recebia dúzias de ovos, galinhas, carnes de caça e outras manifestações de gratidão”.

Ary e seus vizinhos médicos Hamilton Raulino Gondim e Lourenço Antônio Pereira Lima são reconhecidos pelos porto-velhenses “pela prática da medicina como sacerdócio”.

Flechas, bordunas, cocares, demais adornos e cerâmicas indígenas ocupavam espaço entre o chão e as paredes da casa.

O ex-governador Cunha Meneses [1964-65] quis comprar o acervo cultural de Ary [peças indígenas, borboletas, etc], aproximadamente duas mil peças, ao que ele respondeu: “O patrimônio indígena não pertence a ninguém, e sim à Nação”. E doou tudo. As peças foram catalogadas e fichadas com o auxílio do ornitólogo húngaro José Idasse.

Em 1976, o único museu aquele período do território federal de Rondônia fora desativado, porque a Divisão de Educação precisava do prédio para instalar o curso supletivo.

Naquele ano, o médico participou em Belém do 12º Congresso de Medicina Tropical, apresentando tese a respeito da Involução Cultural Aruak, quando mostrou uma peça de cerâmica de 45 cm e 75 cm de circunferência, encontrada numa urna funerária próxima a Pedras Negras, às margens do rio Guaporé.

As peças ficaram três anos encaixotadas até a reinauguração numa pequena sala do Presidente Vargas. Algumas são vistas por lá. O antigo palácio foi transformado em Museu da Memória.

Médico Viriato Moura lembra humanismo de Ary Pinheiro e Raolino Gondim

RODAS DE CONVERSA

Sabia o nome científico das plantas, o significado das palavras indígenas, nome das personalidades eminentes que de uma forma ou outra estavam ligadas à região; descrevia doenças tropicais temidas e meios práticos de evitá-las.

“Conversador emérito”, segundo o ex-desembargador Hélio Fonseca, que confirma o alto nível cultural do convívio com Ary.

“Certa ocasião, na varandinha, fui apresentado a dois distintos cidadãos de passagem por Porto Velho, e a certa altura o assunto recaiu sobre a passagem por aqui de Oswaldo Cruz e Belisário Penna (este, aliás, meu conterrâneo de Juiz de Fora), quando vieram supervisionar o saneamento da Madeira-Mamoré. Aproveitei e meti a colher de pau na discussão, estribando-me no livro A febre amarela no Pará, até que um deles, sorrindo modestamente disse-me: Eu tive a honra de escrever essa obra. Era o Dr. Rubens Britto, o próprio sábio em pessoa, que tanto havia contribuído para erradicar várias doenças epidêmicas de Rondônia”.

O DIAMANTE

“Era o cirurgião dos pobres”, assinala Moura.

Renunciava a presentes de alto valor: “Um garimpeiro sofria de cálculo renal curou-se com ele e muito tempo depois apareceu com uma pedra de diamante pra dar de presente; ele não quis e eu me frustrei, porque já namorava a pedra pra fazer um anel” – relata Yêdda.

“Durval Gadelha [cartorário em Porto Velho] comprou a pedra” – conta.

Moradora antiga, Elba Cantuária elogiava o médico: “Doutor Ary tem o dom do diagnóstico”.

Ary deu aulas de História da Civilização, Matemática e História Natural na Escola Normal Carmela Dutra, mas não recebia salário de professor.

“Ele era um humanitário, pagava para lecionar, sem jamais reclamar”, dizia o historiador Esron Penha de Menezes nos anos 1980.

Incentivava a juventude a pesquisar, porque considerava mais importante “o interesse por algo mais do que a obtenção do diploma”. Em 1993, a Universidade Federal de Rondônia concedeu-lhe o título de doutor honoris causa [conferido a pessoa sem que esta tenha passado por quaisquer exames ou concursos].

ECOLOGISTA

Emanuel Pontes Pinto define-o desta maneira: “Um homem singular: médico e professor por vocação, matemático por necessidade, historiador, geógrafo, antropólogo, etnólogo, zoólogo, botânico, poeta, filósofo e folclorista por diletantismo”.

Foi Ary, segundo conta Emanuel, que lhe deu as primeiras lições sobre a história e geografia amazônica. Uma delas, essencial: “Defendia a igualdade e independência do homem e criticava com veemência aqueles que não admitiam a racionalidade dessas condições”.

Preservacionista, Ary não se contentava apenas com estudos a respeito dos povos amazônicos. Aos familiares e a quem estivesse por perto, ele proibia tudo o que prejudicasse o crescimento e o desenvolvimento das árvores e demais plantas que preenchiam toda a área do terreno em torno da residência.

“Ninguém podava um galho que dificultasse a movimentação no local, e quem ousasse infringir essa ordem era veementemente admoestado”, conta.

A filha Yêdda recorda que ele recebia “prazerosamente” a todos os que recorriam à sua memória prodigiosa: “De tudo um pouco, ele ditava detalhadamente aos estudantes, respostas às suas indagações”.

O FUSCA

O único presente aceito foi um automóvel Fusca [da Volkswagen], presenteado pelo seringalista Flodoaldo Pontes Pinto, grato pelos partos da mulher, dona Balbina.

“Ele não queria, mas Flodoaldo deixou as chaves e foi embora” – diz a filha Yêdda.

Carmen Veloso Boucinhas, cuja primeira filha veio ao mundo pelas mãos de Ary, depõe: “Era cirurgião por excelência. Estar sob seus cuidados era estar em segurança. Que se saiba, nunca sequer perdeu um paciente por incompetência, negligência ou descuido, e quando morria, era porque não tinha chance alguma”.

Foi um esforço grande da família para ele se desfazer da mágoa de ir para a selva. “Sempre foi ativo, tido como esquerdista, e ao ser denunciado, Aluízio Ferreira cuidou de preservá-lo” – explica Yêdda.

De peixes e mamíferos ele já entendia, e ali se sucederam também suas pesquisas de répteis e insetos.

NO HOSPITAL SÃO JOSÉ

Convidado pelo padre salesiano Ângelo Cerri, de 1942 a 1944 Ary dirigiu o Hospital São José, o único daquela época.

Não apenas dirigiu. Nas primeiras horas da manhã ele começava atender dezenas de pacientes, a maioria deles, indigentes. Ensinou práticas da profissão a famosos profissionais, entre eles o ex-governador Oswaldo Piana Filho, médico gastroenterologista.

Em 1943, com a criação do Território do Guaporé, assumiu também a direção do Centro de Saúde de Porto Velho. E retornou algumas vezes à direção do São José.

Um conhecido Gilberto morcego recebeu de Ary a função de porteiro. Autêntico cumpridor de ordens, não poupou nem o governador da época, Petrônio Barcelos [1951-1952], e o barrou numa visita. Yêdda lembra o diálogo:

– Sabem quem sou eu? – perguntou-lhe Barcelos.

– Sei sim, o governador do território, mas ordem é ordem, e eu cumpro; não é hora de visita – respondeu-lhe irredutível. Morcego foi então contratado por Barcelos.

O BRASIL EM 1910

Em 13 de setembro de 1910, quando nascia Ary, filho único do engenheiro Joaquim Magno Botelho Pinheiro e da professora Cacilda Penna Pinheiro, o marechal Hermes da Fonseca era escolhido presidente do Brasil, em eleições diretas.

O pai, Joaquim Pinheiro, morreu muito cedo e Ary foi educado pela mãe. Casou-se pela primeira vez com Christina Struthos, de família grega radicada em Guajará-Mirim, mãe de Yêdda.

Cristina morreu no parto do segundo filho. Da segunda mulher, Lourdes Apoluceno, não teve filhos. Filhos de Yêdda, Ary deixou os netos Ary, Eduardo Jr., Cristina Helena e Lourdes Maria.

Nessa década, segundo o médico C. J. Wilson relatava ao jornal The Porto Velho Marconigram: “Não era raro que a metade dos que entravam na área das febres fosse infectada e morresse em poucas semanas. Certa vez, 40 homens partiram, mas 27 morreram na jornada”.

Em 1910 também nasciam: o presidente Tancredo Neves, em março; Francisco Cândido Xavier, o médium espírita Chico Xavier, em abril; Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, lexicógrafo, em maio.

Joaquim Nabuco, abolicionista e diplomata, morria em janeiro daquele ano.

E algo que teve tudo a ver com o antropólogo Ary: pelo Decreto n° 8.072, em 20 de julho, o governo federal criava o Serviço de Proteção aos Índios (SPI), antecessor da Funai.

Em 22 de novembro, no Rio de Janeiro, marinheiros afro-brasileiros e mulatos foram punidos a chibatadas por oficiais brancos no motim conhecido por Revolta da Chibata.

Grupo de índios Massaká em visita ao acampamento da Expedição Dequech

O GUAPORÉ, EM 1937

Designado médico da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré pelo Departamento de Saúde de Mato Grosso, aos 27 anos ele foi combater endemias em Guajará-Mirim, a 366 quilômetros da Capital, na fronteira brasileira com a Bolívia, onde já havia trabalhado o médico, farmacêutico e odontólogo baiano Carlos Rocha, nomeado o segundo prefeito municipal.

Até então, os moradores de Guajará-Mirim se davam por satisfeitos com ações de Rocha. Pouco depois, Ary avançou, chefiando um grupo de 30 soldados do Exército no saneamento da cidade atacada pela malária e febre amarela.

Seus estudos a respeito de saúde pública na região dos rios Mamoré e Beni mereceram elogios dos professores Ayrosa Galvão e Leônidas Deane, expressões da medicina de então.

Praticou técnicas ensinadas pelo médico alemão Maximiliano Koeller, de quem foi assistente, em Cachuela Esperanza, às margens do rio Beni, próxima a Guayaramerín, Bolívia. Era o auge da exploração da borracha do alto Madeira.

“MINAS DE URUCUMACUÔ

Seria um “batismo de fogo”, se já não conhecesse as agruras do povo fronteiriço.

Aluízio Ferreira o incumbiu-o de participar da Expedição Dequech (**), cujo objetivo era também e uma expedição nas lendárias minas de ouro de Urucumacuã, entre as cabeceiras dos rios Galera e Jamari.

Aluízio foi presidente da EFMM e primeiro governador do Território do Guaporé. A exemplo da maioria de seus governados, “ouvia dizer” de algumas lendas, entre elas, Urucumacuã.

Acompanhado de dois enfermeiros, o médico embarcou numa lancha carregada de material cirúrgico e de remédios, em 29 de junho de 1941.

Um conhecido Manoel, desempregado e passando fome, chegou chorando ao hospital pedindo emprego. Havia sido libertado depois de cumprir pena por homicídio. Ary conseguiu sua contratação com o Governo de Mato Grosso, a quem esta terra estava circunscrita.

Segundo Yêdda, ele também trabalhou como enfermeiro, mas foi tão grato que passou a ser uma espécie de “cão de guarda” do médico, armando redes e mosquiteiros, e dormindo ao lado de Ary.

A exemplo de outras incursões pioneiras na história da saúde amazônica ocidental, Ary atendeu ribeirinhos e indígenas. Mas Urucumacuã, que nada!

Ao que consta, nem o intrépido marechal Rondon localizou essas minas, do contrário, certamente fariam parte da filmografia feita por seu “relações públicas”, major Thomaz.

“Na vastidão do Guaporé, ele nada havia encontrado. Pessoalmente, acredito que as minas poderiam ter sido o Roosevelt, tempos depois de explorado”, diz Yêdda.

(*) Comandada pelo general reformado Isidoro Dias Lopes, a Revolução de 1924 teve a participação de vários tenentes, dentre os quais Joaquim do Nascimento Fernandes Távora [que faleceu na revolta], Juarez Távora, Miguel Costa, Eduardo Gomes, Índio do Brasil e João Cabanas. Foi um levante para depor o presidente Artur Bernardes, considerado inimigo dos militares desde a crise das cartas falsas. Reivindicações: voto secreto, a justiça gratuita e a instauração do ensino público obrigatório.

(**) Entre 1941 e 1943, o geólogo Vitor Dequech comandou a Expedição Urucumacuã, enviada por Cândido Rondon em busca de jazidas de ouro no rio Pimenta Bueno, a leste do rio Tanaru. Dequech documentou vários contatos com os Massacá, como ele os chamava. Os primeiros contatos dos Aikanã com a população não indígena ocorreu nos anos 1940, quando eles habitavam terras nas proximidades do rio Tanaru. Em 1940, o Serviço de Proteção ao Índio inaugurou um posto de atendimento para onde os Aikanã foram enviados. [Wikipédia]

Ary sobe o rio Guaporé em 1941; ao lado dele, o índio Aucê

 LIVROS DO MÉDICO ARY PINHEIRO
Contribuição Indígena na alimentação atual da Amazônia
Lendas da Amazônia
Olhando o Passado
Palmáceas Amazônicas
Répteis Amazônicos
Viver Amazônico

 ALGUMAS DATAS

1941 – Liderou movimento de esquerda em Guajará-Mirim, quando foi designado médico-chefe da Expedição Dequech.
1942 – Entrou em contato com tribos indígenas do Guaporé [ainda como membro d Expedição Dequech], sobretudo os Massakás. Assistiu o “Chocho ou Couvade”, escrevendo bela crônica sobre esse costume indígena. Iniciado na ordem Maçônica na Loja União e Perseverança.
1943 – Assumiu a direção do Centro de Saúde, do Departamento de Saúde de Mato Grosso. Escreveu o vocabulário dos índios Massakás, Caoés e Sabanês.
1951 – Estagiou nas clínicas de Barata Ribeiro, Sílvio Brauner, Mota Maia, Orlando Vaz, e na Santa Casa de Misericórdia, no Rio de Janeiro.
1954 – Foi preso sob suspeita de liderar movimento de esquerda junto com o médico Renato Medeiros, o engenheiro Wady Darwich Zacharias e o engenheiro Osmar Silva.
1964 – Representou Rondônia no Congresso Internacional de Malária em Poços de Caldas. Seu trabalho foi citado em revistas médicas. Coordenou o saneamento de Porto Velho.
1965 – Participou como médico informante dos trabalhos de pesquisa sobre a hepatite A, na Fundação Rockefeller, a convite dos cientistas Domingos de Paula, Bochell e Francisco Pinheiro.
1970 – Recebeu a condecoração da Ordem do Albatroz, do Museu Nacional.
1977 – Nomeado membro da Sociedade de Ecologia e Preservação da Fauna e Flora Amazônica.


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Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ésio Mendes, Jeferson Mota, Álbum de Família e Arquivo de Ariquemes
Secom - Governo de Rondônia

Categorias
Educação, Governo, Rondônia, Sociedade


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