Iniciada reforma de passarela de metal com mais de 200 metros no distrito de Calama

Passarela de metal tem 217 metros de extensão

Ao completar 30 anos de construção, a passarela de metal com 217 metros de extensão, um dos símbolos do distrito de Calama, no Baixo Madeira, região de Porto Velho, recebe reforma geral executada pelo governo de Rondônia. Conforme o engenheiro civil do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura e Serviços Públicos (DER), Osimar Moura da Silva, o projeto prevê a substituição completa do piso em chapa de metal, das cantoneiras e reforma geral da parte elétrica.

O engenheiro eletricista e de segurança do trabalho, César Roberto Soares, afirmou que toda a parte elétrica antiga foi furtada, mas que tudo será substituído com material novo.

Os engenheiros realizaram a fiscalização na obra nessa terça-feira (24). Osimar Silva observou que a empresa trabalha dentro do cronograma e que cumprirá o prazo estabelecido no contrato, previsto para ser encerrado dentro de 30 dias. Enquanto a obra é executada, a travessia dos moradores é realizada de barco, disponibilizado pela empresa.

A administradora do distrito de Calama, Priscila Pantoja, explicou que a passarela separa o bairro São José do restante da comunidade. Frisou que a ponte separa duas escolas. “A situação da passarela estava caótica, representando perigo aos cerca de cinco mil moradores de Calama”, afirmou.

Francisco Feitosa Carril é morador do bairro São José. Ele explicou que no São José funciona a Escola Estadual General Osório. Do outro lado da ponte, detalha Carril, funciona a Escola Municipal Ana Adelaide Granjeiro, o posto de saúde e praticante toda a região comercial do distrito. “Todos os dias a movimentação de crianças indo e voltando da escola é intensa”, destacou Feitosa ao falar da importância da reforma da passarela.

Franciele Camargo utiliza a passarela todos os dias para levar a filha à escola

Franciele Camargo também é moradora do bairro São José, e tem uma filha que estuda na escola Ana Adelaide que todos os dias precisa utilizar a ponte de metal. Franciele elogiou o trabalho executado e disse que o serviço é fundamental para o distrito. “Agora mesmo estou levando minha filha para o posto de saúde, e precisei atravessar o Igarapé da Baixa numa canoa”, disse.

O microempresário Lagenilson Silva, o popular Abelha, é proprietário de uma pousada em Calama. Ele contou que nasceu no distrito e garante ter orgulho dos trabalhos de reforma da ponte. “Essa passarela tem um contexto histórico para Calama, e só nós, moradores que sabemos da importância”, declarou.

Para o diretor-geral do DER, Ezequiel Neiva, a reforma da passarela no distrito mostra a visão diferenciada do governo de Rondônia, com obras nos locais mais distantes, a exemplo de Calama, e como ocorre também no distrito de Surpresa, pertencente a Guajará-Mirim, cujo acesso se dá por meio fluvial ou aéreo. “De Guajará-Mirim a Surpresa são cerca de 20 horas de barco”, detalhou o diretor.